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Copa do Mundo 2014

Nenhum dos três Centros Oficiais de Treinamento (CTs) para a Copa de 2014 teve as obras iniciadas em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital, desde que a capital foi anunciada como cidade-sede do evento esportivo. Os espaços destinados aos treinos dos jogadores é uma das principais exigências da Federação Internacional de Futebol (Fifa) às 12 subsedes do Mundial. Os três CTs estão orçados em mais de R$ 60 milhões.

Iniciada há cinco meses, a obra de duplicação da ponte sobre o Rio Cuiabá na rodovia Mário Andreazza já está 23% concluída. Esse é o primeiro projeto de mobilidade urbana que teve início na capital mato-grossense para a Copa de 2014. A readequação viária faz parte dos compromissos firmados pelo governo do Estado, por meio da Agência de Execução de Projetos da Copa do Pantanal (Agecopa), com a Federação Internacional do Futebol (Fifa) para a realização dos jogos do Mundial.

O pedido de exoneração do diretor de infraestrutura Agência Executora das Obras da Copa de 2014 (Agecopa), Carlos Brito, entregue pelo presidente da autarquia, Éder Moraes, ao governador Silval Barbosa (PMDB), na segunda feira (12), foi fundamentado em dois artigos da lei complementar 425/2010, que rege o estatuto da autarquia, o que dá mais peso ao pedido, além de desobediência óbvia.

Integrante do Grupo de Trabalho do Ministério Público Estadual (MPE) que acompanha as obras da Copa de 2014, promotor de Justiça Clóvis de Almeida Júnior, revelou em entrevista para A Gazeta, que dados técnicos apontam para impossibilidade de execução no prazo exigido pela Fifa dos modais de transporte propostos pela administração de Mato Grosso. Os traçados delineados pela Agência Executora da Copa, com saída do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, com proposta de chegada ao CPA e com segundo eixo, da região do Coxipó com direção ao centro, na Prainha, simplesmente teria perdido o "time" (tempo) devido à falta de planejamento. Por outro lado, empresários do setor garantem a execução dos 23 quilômetros das obras em 24 meses, desde que, iniciados em janeiro de 2012.

A sessão matutina da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (14) deve ser pautada pela crise na Agência Executora das Obras da Copa de 2014 (Agecopa), por conta da briga entre o presidente Eder Moraes e o diretor de Infraestrutura, Carlos Brito. O diretor de infraestrutura, inclusive, esteve ontem (13) reunido com deputados estaduais discutindo a crise vivida entre ele e o presidente.

Após enfrentar uma verdadeira "queda-de-braço" com o Governo Federal pela viabilização do VLT em Cuiabá e Várzea Grande, Silval Barbosa (PMDB) deu o segundo passo para a construção do novo modal de transporte para a Copa de 2014.

Os mais de R$ 400 milhões previstos para a implantação do sistema de transporte Bus Rapid Transit (BRT) em Cuiabá foram transferidos para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), escolhido pelo governo de Mato Grosso como modelo mais viável para atender a demanda da Copa de 2014. O presidente da Agência de Execução dos Projetos da Copa do Pantanal (Agecopa), Eder Moraes, anunciou que a mudança da matriz de responsabilidade ficou definida nesta sexta-feira (9) após reunião em Brasília.