Ultrassom dermatológico. Você conhece?
Na cosmiatria a ultrassonografia de alta frequência com Doppler colorido trouxe uma ferramenta útil para a localização de trajetos vasculares e de fios estéticos, identificação de variações anatômicas e para o reconhecimento, localização e diferenciação dos mais diversos tipos de materiais injetores, e também, no diagnóstico e manejo de complicações.
Além disso, possibilita realizar procedimentos em tempo real, propiciando mais segurança e precisão.
Uma anamnese detalhada pode ajudar na interpretação dos achados de imagem e auxilia na caracterização de complicações relacionadas aos procedimentos estéticos
As aplicações da ultrassonografia (US) na dermatologia e na cosmiatria vem crescendo nos últimos anos em decorrência do surgimento de aparelhos de última geração, com transdutores de alta frequência, softwares dedicados e tecnologia de ponta no processamento das imagens, permitindo a distinção de diferentes camadas da pele, de modo semelhante a um corte histológico, além da avaliação minuciosa dos anexos cutâneos (glândulas, folículos pilosos, unhas, etc) e das demais estruturas adjacentes (nervos, vasos sanguíneos, cartilagens, músculos, etc).
O estudo Dopplerfluxométrico Colorido permite avaliar a vascularização das regiões de interesse, sendo uma ferramenta no diagnóstico e no acompanhamento dos mais diversos tipos de lesões.
Dentre todas as modalidades de imagem, o ultrassom destaca-se como método não invasivo, sem contraindicação, dinâmico, custo relativamente baixo, possibilitando ainda guiar procedimentos. A radiologia dermatológica é considerada a subárea mais recente e promissora da imagenologia médica.
O radiologista deve estar familiarizado com as técnicas de exames para avaliação da pele e das afecções cutâneas.
Diante do aumento da expectativa de vida, houve também um aumento da procura por intervenções estéticas a fim de eliminar ou suavizar os sinais do envelhecimento e realçar a beleza.
De acordo com dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), em 2019 o preenchimento com ácido hialurônico foi considerado o segundo procedimento estético não cirúrgico mais prevalente o mundo, estando o Brasil em segundo lugar neste ranking mundial
O aumento concomitante do número de complicações relacionadas aos tratamentos estéticos nos últimos anos impulsionou o avanço dos métodos de imagem (em especial a ultrassonografia de alta frequência com Doppler colorido) na detecção e diferenciação dos diversos tipos de materiais utilizados, trazendo novas possibilidades.
Dra. Joelma Magalhães é médica radiologista, atua no IDAPI – Instituto de Diagnóstico Avançado por Imagem, Cadim - Hospital São Matheus e coordena o setor de mamografia e ultrassonografia do HCan há 15 anos.
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