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Agronegócios

Um mercado que não para de crescer em Mato Grosso. No estado brasileiro que detém o maior rebanho bovino do país - 28 milhões de bovinos - o confinamento tornou-se opção para o pecuarista que quer acelerar o ganho de peso dos animais e atender à demanda do mercado na época de entressafra, quando o volume de animais nos pastos é insuficiente para abastecer as plantas frigoríficas. Em quatro anos, o número de bovinos criados em regime diferenciado evoluiu 39%, passando de 426,5 mil cabeças para 593,6 mil, entre 2007 a 2010.

Associação dos Criadores de Mato Grosso – se reuniu com diretores do frigorifico Mataboi e representantes dos credores para conhecer o Plano de Recuperação Judicial que a empresa pretende apresentar na Assembleia Geral de Credores, que ainda não tem data para acontecer. “A proposta é elaborar um plano em conjunto, com todas as partes, para encontrarmos a melhor alternativa de pagamento aos pecuaristas e de forma viável”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele ressalta que “todos nós querem o retorno da atividade do Mataboi e a melhor forma disso acontecer é fazendo uma análise profunda da situação do frigorifico e as reais condições de pagamento”.

Depois de três safras sem plantar milho, o agricultor Francisco Paschoeto vai investir na cultura nos 50 mil hectares da propriedade em Campo Mourão, área central do Paraná. “Nesta área eu vou plantar milho por dois motivos, rotação de cultura e os preços estão animadores. Por isso vou plantar essa área total de milho”, afirma.

O estado do Mato Grosso tem se destacado como o maior produtor nacional de soja. Na safra 2011/2012 deverá alcançar produção de 21,04 milhões de toneladas com área de plantio de 6,63 milhões de hectares e produtividade média de 3.174 kg/hectare, conforme estimativa do Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (Imea).

No fechamento de dezembro de 2010 a Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso – OCB/MT - contabilizou 6.238 funcionários de cooperativas registrados no Estado e em 2000 eram 2.123, o que representa um crescimento de 193,83% nas oportunidades de emprego no sistema cooperativista de Mato Grosso. Um ritmo mais acelerado que o mercado brasileiro, onde o número de empregos formais ampliou em 43,5% entre 2001 e 2009, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Os diversos setores econômicos instalados em Tangará da Serra proporcionaram ao município a geração de 63 empregos a mais. Juntas, as indústrias e empresas contrataram 1.093 pessoas e mandaram embora 1.030. A agropecuária foi o setor que mais contribuiu para o resultado positivo, com 66 empregados a mais (182 admitidos e 116 desligados), segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

A confirmação de foco da febre aftosa no Paraguai, país que integra o Cone Sul e faz divisa com o Centro-Oeste brasileiro, por meio de Mato Grosso do Sul, deixou o setor produtivo de Mato Grosso em alerta. Apesar deste estado não estar inserido na região fronteirícia que separa os dois lados, a notícia de que animais de uma fazenda na localidade de Sargento Loma, no distrito de San Pedro, foram contaminados, eleva a preocupação com a sanidade animal no território mato-grossense.