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Agronegócios
Sábado - 24 de Setembro de 2011 às 01:24

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Depois de três anos de reivindicação junto ao Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (Condel/FCO), a Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, comemora a aprovação de uma linha de crédito específica para a pecuária. Foi aprovada ontem (21) em Brasília, na 61ª Reunião ordinária do Condel/FCO a linha de crédito Agricultura de Baixo Carbono (ABC)/FCO com prazo de 12 anos, incluindo 03 anos de carência e juros e encargos do FCO. Só para Mato Grosso, serão necessários R$11,7 bilhões para recuperar 9 milhões de hectares de pasto degradado, o que representa 34% da área de pastagem no estado que é de 26 milhões de hectares.

“Essa é uma grande vitória para a pecuária do Centro Oeste, pois ficamos nesse impasse por mais de três anos, quando conseguimos avançar de 06 anos para 08 anos o prazo dessa linha para a recuperação da pastagem, e agora o almejado 12 anos de prazo de pagamento”, comemorou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. O diretor da Acrimat da comissão de crédito rural, Guilherme Nolasco, explica “que muitas pessoas envolvidas nesse processo eram contra esse prazo de 12 anos por achar muito longo, mas, o que precisam entender é que a produção da pecuária é diferente das demais atividades do agronegócio”. Nolasco ressalta que “esse prazo é compatível com a capacidade de rentabilidade da pecuária”.

Esse desfecho contou com o empenho pessoal do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, que segundo o secretário adjunto da Sedraf, Luis Alécio, “foi imprescindível para a aprovação do pleito”. Alécio, que participou da reunião do Condel e defendeu os argumentos para a concessão do prazo de 12 anos, explica que o produtor vai ter acesso a essa linha de crédito logo após a publicação da resolução que deverá acontecer no prazo de 10 dias.

O gerente de segmento do Banco do Brasil, Anderson Scorsafava, explicou que “essa linha de crédito vai contar com recursos de três fontes: o BNDES, o Banco do Brasil e o FCO”.  Ele disse ainda as regras serão dividas por classificação: os miniprodutores, cooperativas e associações, a taxa efetiva de juros é de 5% a.a.; pequenos produtores a taxa é de 6,75% a.a.; médios produtores juros de 7,25% a.a.; e grandes produtores juros de 8,50% a.a..

Apesar do avanço conquistado, a Acrimat vai agora pleitear a redução dos juros dessa linha para a recuperação de pastagem na mesma proporção da linha Pro Natureza, que é de 4% ao ano, independente de classificação. O diretor superintendente da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marcelo Dourado, explicou, no entanto, que “essa mudança tem que acontecer via Medida Provisória, pois o Condel não tem autonomia para mexer nas taxas de juros”. Dourado disse que será apresentado durante o encontro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre meio ambiente, a Rio+20, entre 28 de maio e 6 junho de 2012, um projeto que beneficie todas as ações de recuperação de áreas degradas e não e não apenas das APPs e Reservas Legais.’”Isso é um questão que diz respeito não só ao Centro Oeste ou ao Brasil, é um preocupação internacional também , pois a terra degrada precisa de uma atenção especial em todas sua extensão” .

Regularização Fundiária – Foi aprovada também durante  a 61ª Reunião ordinária do Condel/FCO uma linha de crédito para regularização fundiária das propriedades rurais do Centro Oeste. “Essa foi uma conquista importantíssima para o agronegócio e agora falta apenas a sua regularização para definir as regras e prazos”, anunciou o secretário adjunto da Sedraf, Luis Alécio. O diretor da Sudeco, Marcelo Dourado, também ressaltou a importância dessa aprovação alegando que “o produtor fica muitas vezes impedido de tomar um crédito por falta de documentação de suas terras”.

 






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