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Sexta - 25 de Março de 2011 às 17:22

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Próximo das eleições de 2006, o então presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles teria pedido aos Estados Unidos que atuassem junto ao governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que fosse dada ao BC mais independência, de acordo com documentos secretos do Departamento de Estado americano obtidos pelo site WikiLeaks e repassados à Reuters por terceiros.

 

 

 

 

 

Em conversa com diplomatas americanos em 9 de agosto de 2006, segundo os documentos, Meirelles prometeu pressionar nos bastidores por mudanças regulatórias que criassem um ambiente de investimento melhor para empresários americanos no Brasil. O documento pode se tornar embaraçoso para Meirelles, que se prepara para assumir um novo e importante papel no governo brasileiro. Também pode colocar novamente no foco a suscetibilidade do BC à interferência política.

 

 

 

 

 

"Meirelles pediu que (o governo dos EUA) usasse discretamente sua relação (com o Brasil) para discutir a importância de levar ao Congresso uma legislação garantindo ao Banco Central essa autonomia", escreveram os funcionários da embaixada americana no documento, que detalhou o encontro inicial entre o embaixador Clifford Sobel e Meirelles. "Ele argumentou que o secretário (de Tesouro) Henry Paulson em particular seria capaz de tratar desse assunto com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Guido Mantega".

 

 

 

 

 

Meirelles nunca solicitou formalmente independência para o BC, mas Lula deu ao então chefe do BC um mandato relativamente livre para definir a política monetária durante os oito anos em que ficou no posto. O comando de Meirelles terminou no final do ano passado, antes de Alexandre Tombini assumir o posto no governo de Dilma Rousseff.

 

 

 

 

 

A falta de autonomia legal abriu caminho para tensões entre Meirelles e Mantega sobre o patamar das taxas de juros, alimentando temores de que a política monetária poderia ser vulnerável a pressões políticas.

 

 

 

 

 

O gabinete de Mantega disse que nunca foi informado pelos Estados Unidos sobre a questão da independência do BC, enquanto Meirelles refutou o conteúdo do documento americano.

 

 






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