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Tecnologia
Sábado - 02 de Abril de 2011 às 06:48

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O lançamento do Android, há cerca de dois anos e meio, marcou a chegada de um novo sistema operacional de código aberto, o que possibilitou que muitos fabricantes de aparelhos móveis conseguissem entrar para o mercado e fazer frente ao então domínio do iPhone da Apple. Entretanto, a grande quantidade de "versões diferentes" do sistema começaram a se tornar um problema para a empresa.

Uma matéria desta semana do site Business Week explica que, a partir de agora, todo desenvolvedor que quiser receber as versões mais atuais do sistema operacional do Google deverá ter seus planos aprovados pela equipe responsável, que é liderada por Andy Rubin.

Quando o Android apareceu, em 2008, seu grande apelo era o fato de ser código aberto, ou seja, o Google iria ter o trabalho de desenvolver e aprimorar o sistema operacional e os fabricantes de hardware e software que quisessem utilizá-lo não teriam que pagar um só centavo de royalties para a empresa. Gigantes como Motorola, Samsung, LG e HTC, entre outras, viram aí uma grande oportunidade de alavancar sua linha de smartphones, podendo apenas modificar a seu gosto o SO Android.

Mas é justamente aí que mora o problema da fragmentação do sistema. Cada fabricante passou a fazer as suas customizações e a trabalhar para adaptar o sistema a seu hardware. Telas de tamanho diferente, velocidades diferentes de processadores, duração de bateria, tudo isso contribui para uma grande dor de cabeça para os desenvolvedores de aplicativos. Além disso, a cada lançamento de uma nova versão do SO, eles devem adaptar seus apps para rodar da melhor forma possível.

No início do mês de março, o gigante das buscas já havia liberado uma biblioteca especialmente criada para resolver este problema da fragmentação do Android (goo.gl/vGEBS). A intenção do Google parece ser uma espécie de controle da qualidade dos smartphones Android lançados. John Lagerling, diretor de parcerias do Android, afirma que depois de atingir um "denominador comum" entre Google e fabricantes, "as customizações podem começar".

Porém, a publicação da Business Week afirma que o gigante das buscas passou a "apertar" um pouco mais as políticas da licença para os fabricantes, principalmente no quesito da "não-fragmentação". De acordo com Rubin, estas cláusulas sempre estiveram presentes nos termos, mas há quem afirma que elas estão mais rígidas. A matéria cita como um exemplo o fato de que o smartphone planejado pelo Facebook deverá ter um "aval" do Google. Outro exemplo é que, nos Estados Unidos, a empresa entrou em atrito com a operadora Verizon, por utilizar o Bing (da Microsoft) como mecanismo de busca padrão em seus aparelhos.

Vale ressaltar também que o própria Google já criticou bastante esta mesma "política fechada" da Apple, com relação aos desenvolvedores do iOS. Agora, CEOs de outras empresas também criticam a gigante das buscas por sua postura. Stephen Elop, da Nokia, por exemplo, afirma que o Android pode ter começado como um sistema aberto, mas não é para onde se encaminha. Definitivamente, algo a se pensar.





Fonte: Geek

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