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Miriam Leitão: 'Inflação assustou em setor que não dá para cortar'
Ninguém esperava esse aumento tão grande dos preços em março. A inflação assustou, e justamente em um setor onde podemos fazer uma ginástica para substituir, mas não dá para cortar muito. A inflação foi acima da previsão mais pessimista do mercado, e foi concentrada no setor que a gente não pode fugir, que é o alimento. Deu 2,4% de inflação neste item – alimento dentro de casa - no Brasil inteiro.
Em Porto Alegre chegou a 4,4%. A inflação no geral, em 12 meses, no Rio de Janeiro, chegou a 7,87%, muito acima do teto da meta. Ela está realmente pegando. Alimento tem um motivo, que é a estiagem, mas quando a inflação já está alta por outros motivos, qualquer coisa nova que aconteça faz estourar o teto da meta.
Em abril ela vai continuar alta. Subiu remédio, energia em algumas cidades, apesar de algumas não entrarem na conta da inflação. O setor de alimentos deve continuar pressionado também. A inflação deve ser de 0,8%. Depois vêm os quatro meses que a inflação, no ano passado, ficou muito baixa. Os economistas acham que a inflação vai reduzir, mas não tanto. Se espera um estouro no teto da meta nos próximos meses.
Conta de energia elétrica fica mais cara em MT a partir desta terça-feira
Os consumidores em Mato Grosso deverão pagar mais caro pela energia elétrica a partir desta terça-feira (8). O reajuste foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira (7). Nas residências, responsáveis por 99,6% do total de clientes da Cemat (concessionária de energia no estado), o aumento será de 11,16%. Para quem consome a chamada alta tensão, como as indústrias, o reajuste será de 13,2%.
As informações são da Cemat, que disse ainda que o efeito médio para o consumidor será de 11,89%. Segundo a concessionária, o aumento já estava previsto e o item que mais contribuiu no Índice de Reajuste Tarifário Anual foi o custo de compra de energia elétrica
Conforme a Cemat, as poucas chuvas resultaram em níveis abaixo do comum nos reservatórios para esta época do ano e que, por isso, é preciso produzir energia de usinas térmicas no Brasil, que têm custo de produção maior que o das hidrelétricas.