Artigos
Opinião O Melhor dos Amigos
Preso àquela gaiola, ninguém notava o seu olhar meigo e atencioso, e, por vezes, sedutor. Até que a mulher se deixou encostar à parede de vidro. Ficou encantada pelo seu “jeito criança de ser”. Não teve dúvidas, pagou o preço pedido, e, em poucos minutos, lá estava ele, acanhado, em um dos cantos da casa. Nada, porém, lhe passava despercebido. Estava atento a tudo e a todos.
Opinião Sociedade, igreja e família. Drogas, não!
Décadas atrás, o drogado era aquele indivíduo que se arriscava a consumir alguns cigarros de “marijuana” em lugar do tabaco que a indústria anunciava como símbolo de status e jeito moderno de viver. Com o passar dos anos, fumar tornou-se um pecado e as drogas – que tinham no cigarro e no álcool suas principais portas de entrada – evoluíram para substância mais fortes, provocadoras da morte dos viciados e da desagregação social.
Opinião Maus pms são uma praga
Embora seja uma praga, essa frase é do comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro numa entrevista publicada nas páginas amarelas pela revista Veja da última semana.
Opinião Disfarce de meio-cidadãos
A primeira atitude digna de qualquer cidadão é concordar ou discordar sem medo do constrangimento do senso comum ou daquela atmosfera que rodeia quando se destoa do que a maioria faz e pensa. Melhor que esta etapa rudimentar da cidadania é ter a capacidade de justificar a decisão, a escolha ou a opinião.
Opinião O livro e o tempo
Primeiro o homem aprendeu a ler. A ler as estações do ano, as fases da lua, o tempo da colheita, da pesca, da seca, da chuva. O tempo da estiagem e o tempo da fartura. Migrava de um lado para o outro em busca de abrigo e de alimento. Em bandos, foi se organizando, dentro de uma consciência nômade de vida, de existência. A sua casa era o tempo, tendo como telhado o firmamento.
Opinião Um Exercício Para se Pensar
Está perto do 3 de outubro. Faltam treze dias. Tempo bastante para se decidir em quem se deve votar. Voto que tem o sentido de procuração. Pois através desse ato, políticos passam a falar, reivindicar e a cuidar dos negócios públicos em nome da população.
Opinião O flanelinha, o camelô e o mercado
No vácuo do exercício da autoridade pelos titulares dos poderes públicos, o “flanelinha”, ou “guardador de veículos” tornou-se uma praga nacional. Durante muito tempo as autoridades o toleraram diante do demagógico entendimento de que o país estava em crise e era melhor ele estar ocupado em guardar veículos do que obrigado a roubar para sobreviver. Diante das esfarrapadas desculpas, a atividade instalou-se e hoje tem, em São Paulo, até um sindicato que promete conferir legalidade e segurança jurídica para o seu exercício.
Opinião Mais oportunidades para as empresas emergentes
Foi grande e justificado o alarde que se fez ante a recente divulgação de que a remessa de lucros das multinacionais constituiu-se na principal causa de o País ter registrado este ano o pior resultado, desde 1947, nas suas contas externas no acumulado do primeiro semestre. Mais grave ainda é a estimativa do Banco Central de que os ganhos expatriados podem superar o Investimento Estrangeiro Direto (IED), alcançando US$ 32 bilhões no final do exercício, o que significaria crescimento de 27% em 12 meses.
Opinião Aqui e lá
No último final de semana recebi uma correspondência de um apaixonado filho de Cuiabá (ainda capital), que uma vez por mês, por motivos familiares, visita a ex-Cidade Maravilhosa. Contrariado com o que viu por lá, aproveitou para fotografar a causa da sua indignação. As fotos enviadas não me causaram nenhuma surpresa. Já estou acostumado a ver nossos mitos cuiabanos serem alvo de tanto menosprezo! Transcrevo parte do desabafo do doutor Carlos Eduardo Epaminondas:
Opinião De caminhada
Cuiabá sangrava muito no final dos anos 1970. Havia forte indignação popular com o seccionamento territorial para a criação de Mato Grosso do Sul. O regime vigente não permitia manifestações nas ruas. Mas, nem o arbítrio impediu que nas urnas em 1978, Mato Grosso votasse contra o candidato ao Senado Garcia Neto, que à época da divisão era governador biônico e na fase final do rito emancipatório apoiou a União.