Artigos Opinião
Preservar e prosperar
Enquanto o mundo todo se volta para a preservação da água e começa a discutir o futuro do planeta dentro de uma visão sustentável da existência humana na terra, o Brasil e Minas Gerais parecem ignorar essa tendência, acreditando ser possível a vida sem água. Chega a ser constrangedor analisar o fato de que estamos trocando a criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela - com suas mil nascentes identificadas, que abastecem cerca de 45% da Região Metropolitana de Belo Horizonte e de 60% da capital – pela implantação do Projeto Apolo, que pretende minerar na área delimitada pelo parque.
Agora é oficial
O Brasil democraticamente elegeu a primeira mulher Presidente da República. Venceu, e com folga, o seu valoroso concorrente. “Resultado de eleição não se discute. Se aceita” – diz um antigo refrão.
Brasil... O dia seguinte
Em 510 anos de existência, pela primeira vez, o Brasil elege uma mulher para a chefia do governo. Novidade tão grande quanto a de oito anos atrás, quando foi eleito o primeiro trabalhador. São eventos merecedores de registro porque podem representar a oxigenação da sociedade e a possibilidade de novos caminhos para a vida político-administrativa nacional. O ano de 2010 foi atípico. Teve a Copa do Mundo e, logo em seguida, o período eleitoral, que transcorreu com pendências judiciais e momentos de tensão, mas chegou ao fim com avanços como a realização de eleições tranqüilas e, principalmente, a validação do instituto da Ficha Limpa, que retira os condenados do cenário eleitoral.
Quando uma luz se apaga
Passamos pela vida sempre em busca de atingir um ponto comum. Creio que todos nós buscamos a felicidade, claro que respeitando o tamanho dela para cada um. Felicidade é poder conquistar o poder de ser livre e criar laços que nem a eternidade poderá desatar. Às vezes é natural que ela seja abalada e nesta semana, não foi diferente. Uma dessas marcas foi levada pelas águas do nosso rio da vida.
Circo armado para confundir
Obviamente que o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) não defende a censura. Tentar massificar esse tipo de inverdade é tática muito conhecida em frágeis democracias como a nossa, em que só alguns têm direito à fala na mídia. É, pior ainda, desinformar e confundir. O que o Sindicato defende é a responsabilidade dos meios de comunicação, essencialmente TVs e rádios, até porque são concessões públicas. Nesse sentido, os conselhos de comunicação seriam fóruns de reflexão focados não só no noticiário, mas também na programação cultural e no espaço publicitário. O que o Sindicato defende é outra mídia, mais democrática de fato, mais popular e de melhor qualidade.
O exemplo de Larissa
Uma jovem cristã chega ao céu. Partiu Larissa Fraga, 22 anos, vítima de um acidente automobilístico, ocasionado pela péssima sinalização das nossas estradas.
Apedrejamento até a morte
O sequestro de Ingrid Betancourt assemelha-se a condenação à morte da iraniana Sakineh Ashtiani em razão de envolver o risco de perder a vida. O da colombiana por questões políticas ou criminosas de um grupo guerrilheiro; o da iraniana, por violação a valores morais e a discriminação absurda e ao calvário imposto às mulheres naquele país. Ambos muito graves, mas o da colombiana já teve um final feliz. O mundo precisa mostrar sua força para conseguir um final semelhante para o atual.
A anti-campanha está no fim
Estamos na última semana da campanha eleitoral. Uma campanha que pecou pela agressão colocada no lugar das propostas. Principalmente no segundo turno, tivemos o espetáculo deprimente da falsidade apoiada em técnicas de marketing para enganar o eleitor. Faltaram propostas e sobraram agressões de lado a lado, como se não houvesse expectativa de vida após as eleições. Tropas de choque e partidários de ambos os lados emitiram milhares de e-mails, muitos mentirosos, outros sofismáticos e disparatados, onde tentam denegrir a imagem do candidato que não é de sua simpatia ou interesse. Com isso, lamentavelmente, a eleição, em vez da chamada festa cívica, é transformada em palco de exibição da turba.
Será a terceirização do mal?
A banalização das ações políticas é, com certeza, um péssimo exemplo para a população e o pior legado que se poderia deixar para a juventude desse País.
Um corpo
Cinco horas e trinta e seis minutos. O sol estava despontando. Saio para a minha caminhada habitual. No percurso já meu conhecido vejo a banca de jornal ainda fechada. No chão da calçada em frente à banca um menino, dos seus 12, 13 anos, dormindo.