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Polícia
Quarta - 04 de Agosto de 2010 às 20:04

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De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (03) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o número de denúncias registradas pela Central de Atendimento à Mulher, conhecida como Ligue 180, aumentou 112% no primeiro semestre de 2010, em comparação com o número de denúncias feitas no mesmo período de 2009. Entre todos os estados brasileiros, Mato Grosso ocupou a 19º posição em quantidade de denúncias, um total de 3.957 denúncias.

Enquanto no primeiro semestre de 2009 ocorreram 161.774 denúncias no país, no primeiro semestre deste ano foram 343.063. A SPM ainda considerou a quantidade de atendimentos relativos à população feminina de cada estado. Neste caso, o Distrito Federal foi o estado que mais entrou em contato com o Ligue 180, com 267 atendimentos para 50 mil mulheres. Desta vez, Mato Grosso ocupou o 17º lugar, com 135 ligações para 50 mil mulheres.

Em entrevista ao PnB Online, a delegada titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Cláudia Lisita, disse que as denúncias feitas às delegacias também aumentaram, o que provocou o aumento do número de inquéritos policiais instaurados. “Além disso, nós temos recebido muitas denúncias anônimas, especialmente de vizinhos e familiares das vítimas. A sociedade está deixando a apatia de lado e colaborando mais”, explicou.

Cláudia acredita que este aumento também se deve a maior divulgação da Lei Maria da Penha pelos meios de comunicação. Para ela, essa divulgação tem sensibilizado não apenas as mulheres, mas a sociedade de maneira geral.

Das pessoas que entraram em contato com o serviço, 57,9% estão casadas ou em união estável e em 72,1% dos casos as mulheres relatam que vivem junto com o agressor. Aproximadamente 40% declararam que sofrem violência desde o começo da relação e 57% sofrem violência diariamente. Os números ainda mostram que 68,1% dos filhos presenciam a violência e 16,2% sofrem violência junto com a mãe.

Segundo a SPM, a maioria das mulheres que liga para a Central tem entre 25 e 50 anos e possuem o nível fundamental de escolaridade. Já os agressores costumam ter entre 25 e 45 anos, geralmente com o nível fundamental de escolaridade.






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