Para Mauro, faltou atitude do governo sobre o zoneamento da cana

O candidato ao Governo do Estado, Mauro Mendes (PSB), classificou como absurda a determinação do zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar que proíbe a expansão do cultivo do produto em algumas áreas de Mato Grosso, sobretudo, na região da Bacia do Alto Paraguai.

O decreto está em vigor desde setembro de 2009. “Um absurdo. É um verdadeiro absurdo o que estão querendo fazer tentando proibir o crescimento da lavoura de cana-de-açúcar. O que também impede a implantação de usinas e a geração de emprego e renda”, disse Mauro, durante entrevista à uma rádio da cidade de Denise (a 230 km de Cuiabá).

Denise possui mais de 10 mil habitantes e tem na cana-de-açúcar sua principal fonte de renda. O produto representa mais de 65% na economia da cidade. Mauro visitou o município acompanhado da comitiva da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você.

“Há mais de 30 anos essa região planta a cana-de-açúcar e agora, com base em que estão querendo inibir o crescimento? Achando que a cana pode causar problemas ao meio ambiente e, até mesmo, ao Pantanal”, exclamou Mauro.

Segundo Mauro Mendes, não existe nenhum estudo científico comprovando os danos ambientais da produção. Mauro destacou a falta de esforço do governo de Mato Grosso para impedir a aprovação do decreto.

“O governo atual foi omisso nessa questão e aceitou passivamente o decreto, feito em Brasília, para defender interesses que a gente nem sabe quais são. Mas, seguramente, não é o interesse do cidadão mato-grossense. Não são os interesses das pessoas que vivem em Denise, Barra do Bugres e toda essa região atingida pelo decreto, que tira a possibilidade de expansão”, acrescentou.

Mauro classificou ainda como desrespeito o posicionamento do governo do estado em relação à aprovação do decreto. “É dever do estado lutar para que o direito dos cidadãos seja respeitado. Eu não vi, em nenhum momento, o governo levantar a bandeira e defender o cidadão.  O cidadão quer respeito”.

SINDICATO - Conforme dados do Sindicato da Indústria Sucroalcooleira de Mato Grosso (Sindalcool), em 2009, o faturamento do setor foi de R$ 1,2 bilhão. Somente aos cofres estaduais o setor pagou R$ 120 milhões em impostos. O setor ainda emprega 14 mil pessoas diretamente e 56 mil indiretamente, produzindo 14,1milhões de toneladas de cana por ano.