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Nacional
Segunda - 16 de Agosto de 2010 às 22:46

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Convidada de honra de um jantar organizado pela comunidade judaica em São Paulo, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva (PV), fez coro à posição de Israel em relação ao Irã, reiterando manifestações que já vinha dando recentemente em relação à aproximação diplomática entre Brasil e o país governado por Mahmoud Ahmadinejad.

Em entrevista antes do jantar oferecido pela Conib (Confederação Israelita do Brasil), na casa do empresário Roberto Klabin, a candidata do PV também defendeu as inspeções de navios que se aproximam da costa da Faixa de Gaza, ainda que sejam com ajuda humanitária para o território.

"O Estado de Israel tem o direito de fazer a inspeção para eviatra a entrada de armas pelos grupos que às vezes promovem atentados terroristas. Mas a ajuda humanitária, obviamente, tem que chegar e ninguém pode ser contra ela. O direito de inspecionar essa ajuda é um direito de proteção do Estado", afirmou a senadora, ao lado do presidente da Conib e do hospital Albert Einstein, Claudio Lottenberg.

Israel mantém um bloqueio militar a Gaza. No fim de maio, um grupo de seis barcos com ajuda humanitária foi atacado por israelenses, ao se aproximar da costa de Gaza, pelo Mar Mediterrâneo. Dez pessoas morreram. Israel afirma que agiu em legítima defesa, respondendo a agressões iniciadas pelas embarcações.

Marina, contudo, defendeu a existência de um Estado palestino, mas "dentro das condições viáveis que devem ser negociadas de parte a parte".

Em relação à política brasileira em relação ao Irã, a candidata voltou a condenar a postura brasileira, sem, no entanto, pregar rompimento de relações diplomáticas com o regime de Ahmadinejad.

"Politicamente, tem sido feito movimentos que não favorecem a tradição brasileira de afirmação dos direitos democráticos, da defesa dos direitos humanos e das liberdades", disse Marina.

Em maio, com a intermediação dos governos brasileiro e turco, Ahmadinejad firmou um acordo nuclear envolvendo troca de urânio enriquecido. Mas, o acordo acabou sendo visto com ceticismo pelas grandes potências, que mantêm sanções ao Irã.






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