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Esportes
Terça - 17 de Agosto de 2010 às 11:01
Por: Carlos Augusto Ferrari

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Ronaldo durante treino do Corinthians
Ronaldo durante treino do Corinthians

Corinthians e Ronaldo não imaginavam que 2010 poderia ser tão doloroso. Sucesso absoluto financeiramente com a arrecadação de mais de R$ 50 milhões em patrocínios, a parceria clube-jogador não foi satisfatória até agora dentro de campo na temporada. Lesões, desleixo com a forma física e o peso da idade fazem com que o o Fenômeno complete, nesta terça-feira, 100 dias sem jogar. Aos 33 anos, famoso e milionário, o camisa 9 conta os dias para pendurar as chuteiras, mas só não as abandonará em dezembro devido ao temor de se aposentar em crise com a bola e pelo desejo de disputar mais uma Libertadores, o que pode ocorrer em 2011.

Ronaldo não joga desde 9 de maio, quando marcou seu único gol no Campeonato Brasileiro, na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, no Pacaembu, logo pela primeira rodada. A dificuldade em recuperá-lo fez o departamento médico entrar em acordo com a comissão técnica. O atacante foi tirado de cena com a promessa de voltar em boas condições logo após a Copa do Mundo, mas isso não aconteceu.

O período longe dos trabalhos com bola no gramado fez o peso do craque disparar. Para evitar novos problemas, o centroavante treinava levemente na academia e era submetido a atividades com os fisioterapeutas no Parque São Jorge e na intertemporada em Águas de Lindoia. A preocupação, porém, cresceu com o passar dos dias. A lesão não regredia como era esperado e, para piorar, o jogador sentia outras dores musculares com o aumento gradativo da intensidade dos exercícios. Mesmo em atividade, a forma física não melhorou.

O problema muscular na panturrilha direita só alimentou a condição ruim vivida pelo atleta desde o início do ano. Em 27 de janeiro, na primeira atuação da temporada, o Fenômeno sofreu uma lesão na coxa direita diante do Mirassol, pelo Paulistão. Demorou para se recuperar e só reapareceu no dia 24 de fevereiro, frente ao Racing, pela estreia na Libertadores. A contusão atrapalhou os planos para todo o restante do semestre. O resultado se viu no desempenho: apenas três gols marcados e a eliminação nas oitavas.

Shows, jantares e pôquer, a vida social do craque. Timão de olho na balança

No Corinthians, o peso e a atual condição de Ronaldo são assuntos proibidos. Ninguém está autorizado a entrar em detalhes publicamente. Todos elogiam a dedicação dele nos treinamentos para melhorar, mas se esquivam sobre o que acontece fora do Parque São Jorge. Entretanto, os compromissos de um homem de negócios bem sucedido e a vida social de um milionário apreciador da noite prejudicam a recuperação.

- O Ronaldo adora fazer trabalhos físicos. Ele mesmo pede para fazer treinos de velocidade e explosão porque sabe que esse é o ponto forte dele. Nós tínhamos um controle durante o treinamento, com o planejamento que fazíamos. A partir do momento que ele sai do clube não há mais controle. Ronaldo é uma celebridade, tem mil eventos para fazer. Não tínhamos controle sobre essa parte de fora. É a vida de cada um. Se ele cumpre suas obrigações, ninguém tem nada a ver com o que faz quando está em casa – contou o preparador Walmir Cruz, demitido do clube após a Libertadores.

Ronaldo, aliás, vive intensamente quando não está no clube. A cidade de São Paulo caiu no gosto dele, principalmente pela agitação noturna, semelhante ao que tinha em Madri e Milão. Agora, contudo, a badalação é de quem já chegou a uma certa idade. O Fenômeno é visto constantemente em shows e outros eventos na companhia da esposa Bia Antony e do casal de amigos Marcus Buaiz (agora também é sócio do craque) e Wanessa Camargo, filha do cantor Zezé Di Camargo

Quando permanece na luxuosa cobertura duplex que comprou entre os bairros Pacaembu e Higienópolis, Ronaldo não dispensa a presença dos amigos. Frequentemente, promove jantares para colegas milionários, sem restrições a bebidas alcoólicas. Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já esteve por lá. Em outras noites, os convidados são os próprios jogadores do Corinthians para a disputa de partidas de pôquer. Figurinhas carimbadas nos encontros são os volantes Edu e Elias, além dos zagueiros William e Paulo André. O último, aliás, responsável pela entrada do craque no mercado de ações na bolsa de valores.






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