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Meio Ambiente
Quinta - 19 de Agosto de 2010 às 07:22
Por: Dhiego Maia

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Descontrolado e veloz, o fogo segue queimando pastagens, casas, animais, pontes e tudo que estiver pela frente em Peixoto de Azevedo (distante a 693 quilômetros de Cuiabá), mais precisamente no Distrito de União do Norte – zona rural da cidade. Outros municípios ainda passam por rondas preventivas e ações de combate a incêndios.

Os mais recentes a entrar na lista de incêndios são Matupá, Cuiabá, Poconé, Nobres e Santo Antônio de Leverger. Na Capital, uma aeronave do Estado combateu ontem uma área de incêndio no bairro Despraiado, próxima ao Parque Mãe Bonifácia. Mato Grosso afora, unidades de conservação, áreas de proteção ambiental e terras indígenas ainda são locais com os maiores registros de queimadas.

Em Peixoto, levantamento preliminar da prefeitura aponta destruição de sete casas, mais de 30 mil hectares de vegetação queimadas e 13 pontes danificadas em decorrência dos incêndios que se propagam em uma região de difícil acesso.

O abastecimento de água é precário tanto nos assentamentos como na parte mais urbanizada do Distrito. Um caminhão-pipa leva água a 200 casas a cada dia, que não possuem poço artesiano. Isso representa cerca de 30% das edificações da localidade. A água não é potável, apenas pode ser utilizada nos afazeres domésticos, porém muitos a consomem. Segundo informações do prefeito, Sinvaldo Santos Brito, esta situação pode mudar quando o sistema de distribuição do líquido vier a ser concluído. “A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) possui projeto para captar, tratar e distribuir água no distrito”, revela.

O entra e sai de moradores às compras no supermercado Valeu, localizado na avenida principal do distrito ficou no passado. Os moradores não querem deixar as casas temendo que as chamas destruam tudo. As vendas despencaram. “Aqui o que não queimou tá queimando. O povo se envolve muito com o fogo e ninguém quer sair pra fazer compras”, confirma o proprietário Leonardo Deodato. O local se transformou em palco para relatos da tragédia. “Teve morador que veio aqui e disse que perdeu cavalos, porco, galinha, cerca, curral, bezerro. Muita tristeza”, aponta Deodato.

Até o momento, com a queda das pontes em decorrência do fogo, 155 alunos da escola Elza Kóler Reller ficaram sem aulas por cinco dias. O problema já foi revertido. Porém, a fumaça ainda ameaça toda a comunidade escolar do distrito que passa de dois mil alunos. Com fumaça intensa, problemas respiratórios são mais prejudiciais às crianças. União do Norte possui apenas dois postos de atendimento para toda comunidade.






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