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Ciência
Terça - 24 de Agosto de 2010 às 16:23

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WASHINGTON, 24 Ago 2010 (AFP) -Espécies de micróbios descobertas recentemente devoram mais rapidamente do que o esperado, em mais de 1000 metros de profundidade, o petróleo da maré negra no Golfo do México, segundo um estudo americano publicado nesta terça-feira na edição eletrônica da revista Science.

De acordo com pesquisadores, o processo acelera a biodegradação do petróleo sem afetar consideravelmente o nível de oxigênio dissolvido na água.

"Esta descoberta, que fornece os primeiros dados científicos da atividade microbiana na dispersão de uma pluma de petróleo no fundo marinho, indica que existe um grande potencial de degradação natural de hidrocarbonetos nas grandes profundezas oceânicas", explicou Terry Hazen, ecologista microbiano do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia, principal autor do estudo.

"A pesquisa mostra, também, que estas populações microbianas psicrófilos - capazes de viver em profundidades marinhas com temperaturas de 5 graus Celsius negativos - e outros microorganismos próximos desempenham um importante papel no destino e nas consequências ambientais das plumas de petróleo submarinas no Golfo do México", acrescentou.

Este ecologista e uma equipe de trinta cientistas fizeram a pesquisa no fim de maio sobre o hábitat microbiano nas águas profundas do Golfo do México, até agora relativamente inexploradas, e caracterizadas por ter águas muito frias, grande pressão e um pouco de carbono em estado natural.

O estudo parece contradizer as conclusões de uma pesquisa publicada na edição de 20 de agosto da Science, realizada pelo instituto privado Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI), segundo o qual esta biodegradação poderia ser mais lenta do que se pensava em virtude das baixas temperaturas no local.






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