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Nacional
Terça - 24 de Agosto de 2010 às 20:02

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No último dia (6/8) de palestras do Coninfra – Congresso de Infraestrutura de Transportes, realizado em São Paulo, especialistas debateram, em mesa-redonda promovida pelo Instituto de Metais Não-Ferrosos (ICZ), as soluções, projetos e materiais para adicionar o máximo de durabilidade às obras aeroportuárias e evitar a saturação da capacidade de atendimento dos aeroportos brasileiros na Copa do Mundo de 2014 e no pós-copa.

Mediado pelo Professor João Virgilio Merighi, da Universidade Presbiteriana Mackenzie e presidente da Andit, o debate contou com a participação de Jonas Mauricio Lopes, superintendente de Estudos e Projetos de Engenharia da Infraero; do engenheiro Rob White, diretor da IZA (International Zinc Association) África do Sul; Ricardo Suplicy Goes, gerente executivo do ICZ (Instituto de Metais não-ferrosos); e de Fábio Domingos Pannoni, Ph.D. e consultor técnico da Gerdau Aços Longos Brasil.

De acordo com dados da Infraero, a expectativa é de que o número de passageiros em 2014 irá subir mais de 50%, de 128 milhões para 190 milhões de passageiros, em relação ao ano passado.

Uma das soluções apresentadas por Jonas Lopes para atender a demanda adicional durante as obras dos 16 aeroportos que serão usados na Copa do Mundo é o uso do Módulo Operacional, o MOP.

O módulo Operacional é uma alternativa de baixo custo (R$ 2,5 mil/m²) em relação à construção convencionalmente usada em aeroportos (R$ 8 mil/m²), que consiste em um centro de operações erguido com estrutura metálica desmontável, utilizado em diversos países como Portugal, Catar, Alemanha, Bélgica, China, Espanha e Índia. O sistema já está em uso no aeroporto de Florianópolis.

Durabilidade com aço galvanizado

Com o uso dos Módulos Operacionais apenas como alternativa, os projetos dos aeroportos apostam no aço galvanizado para aumentar a durabilidade da infraestrutura e evitar manutenções constantes.

Para Rob White, diretor da IZA, o ideal é decidir quais materiais serão utilizados durante a construção, ainda na elaboração do projeto. “O fundamental em relação às obras de infraestrutura, aeroportuária e outras é pensar já no projeto a durabilidade dos sistemas construtivos e materiais empregados”, Diz White.

De acordo com Jonas Lopes, da Infraero, a durabilidade é um dos principais itens citados nas premissas de sustentabilidade para a construção dos aeroportos. “O reuso da água e a durabilidade da construção são alguns elementos de sustentabilidade presentes no contrato de construção da obra. Um canteiro de obras limpo e a velocidade da construção são pontos importantes em uma construção sustentável”.

Em muitos países da Europa e nos Estados Unidos o uso da galvanização já é mais presente nas construções, apesar do custo inicial mais elevado. “Estados Unidos e Inglaterra aprenderam a construir sem pensar só no menor preço inicial; por isso os empreendimentos duram muito mais tempo do que no Brasil. Temos de mudar o pensamento para ganhar em durabilidade na infraestrutura”, disse o engenheiro Fábio Pannoni.

Para encerrar o tema, o mediador João Merigui contemplou a tese de Pannoni e continuou: “Temos de atrelar o custo ao princípio de sustentabilidade, pelo qual o conceito de menor custo nem sempre é o ideal”.






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