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Cidades
Sexta - 27 de Agosto de 2010 às 07:36

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A economia de Mato Grosso avança de forma sustentável, criando novos polos de industrialização, transformando o perfil socioeconômico do Estado – que uma década atrás era eminentemente agrícola-pecuário – por conta de uma decisão política de governo, que desenvolveu diversas ações de atração de mais e novas indústrias, assim como a ampliação daquelas que aqui já atuavam.


Essas ações do governo de Mato Grosso atuaram na área de incentivos fiscais, investimentos em logística e infraestrutura, em parceria com o governo federal. Alia-se a tudo isso o trabalho do governo para que Cuiabá fosse escolhida como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Esses investimentos – provocados diretamente pela ação do governo – provocaram um ‘boom’ no segmento da construção civil, conforme levantamento realizado pela entidade que representa as empresas da indústria de construção civil.

A preocupação do governo, desde o início da primeira gestão Blairo Maggi, foi o de atrair empresas que pudessem dar início ao desenvolvimento de cadeias produtivas. O marco mais significativo desse processo é o da cadeia produtiva do algodão e que será a instalação da Vicunha Têxtil em Cuiabá.

O setor já conta com a Santana Têxtil, instalada em Rondonópolis, que iniciou suas atividades em meados de 2006, e gera cerca de 700 empregos diretos, beneficiando 1,8 mil toneladas de pluma de algodão por mês, para produzir 3 milhões de metros de tecido (índigo), com uma projeção de faturamento de em torno de R$ 180 milhões por ano. Já foram investidos na construção da fábrica da Santana Têxtil em Rondonópolis, na primeira fase, que tem 28 mil m² de área construída, perto de U$ 60 milhões; num segundo momento, quando será construída outra unidade de 60 mil m² e investidos mais US$ 120 milhões.

A Vicunha Têxtil – considerada uma indústria de ponta em seu segmento – em março deste ano assinou o protocolo de intenções para implantação de uma das maiores fábricas de tecidos do mundo em Cuiabá, que deve ficar pronta em março de 2013. Com a nova unidade, que irá produzir 72 milhões metros lineares de tecidos por ano, a Vicunha vai pontificar como a maior indústria têxtil do mundo.

Essas duas indústrias, a Santana Têxtil e Vicunha Têxtil, só estão em Mato Grosso por conta de dois pontos importantes: o primeiro é a matéria prima, Mato Grosso está se destacando pela qualidade da pluma de algodão produzida, e o segundo foram os incentivos fiscais. A Vicunha Têxtil vai gerar 2 mil empregos diretos e 6 mil indiretos.

O projeto consiste numa unidade industrial com capacidade de processamento anual de 65 mil toneladas de algodão e produção de 72 milhões de metros lineares de tecido por ano. O parque industrial ocupará uma área de 60 hectares, localizada às margens da Rodovia dos Emigrantes, no município de Cuiabá e investirá aproximadamente, R$ 350 milhões de investimentos entre construção, maquinário, mão-de-obra e capital de giro.

Por conta da chegada dessas duas empresas outras também virão se instalar em Mato Grosso por conta da matéria prima (índigo) que será produzida. "Esse é um processo sem retorno", segundo o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa. Este é o tipo de investimento que Mato Grosso incentiva, pois agrega valor à produção e gera empregos. Cada real de algodão em pluma vai se transformar em três reais, no mínimo, de produto agregado e, em alguns casos, poderá chegar a 10 reais.

Biodiesel - Ao processo de desenvolvimento por qual Mato Grosso está passando alia-se o potencial energético do Estado, com destaque para a produção de energia renovável. Nesse campo Mato Grosso avança ainda mais.

Aos parques de produção de açúcar e álcool já instalados vão se juntar novos empreendimentos que irão proporcionar mais competitividade ao mercado. O destaque entre os novos projetos no segmento de biodiesel é o empreendimento da Brenco - Companhia Brasileira de Energia Renovável, no município de Alto Taquari (479 km de Cuiabá), onde está sendo construída uma de quatro unidades bioenegéticas – outras três serão em Mineiros e Água Emendada (GO) e Costa Rica (MS).

Guilherme Filho/Secom-MT

Indústria de Biodíesel - Cooperbio, em Cuiabá
As quatro unidades integram um projeto de escala mundial para a produção de biocombustíveis, destinados aos mercados doméstico e internacional, de modo a fazer face à crescente demanda por energia limpa. A unidade de Alto Taquari já está em funcionamento e tem capacidade de moagem de cana-de-açúcar de 3,78 milhões de toneladas/safra, gerando 320 mil m3 de etanol por ano, e em torno de 1,8 mil vagas permanentes de emprego.

A partir desse polo a Brenco está construindo um poliduto de 1.164 km de comprimento, com nove estações de bombeamento (10.900MWh/mês) e oito terminais com 440.000 metros cúbicos, sendo que cinco serão utilizados para coleta e três para entrega, com capacidade para transportar oito milhões de metros cúbicos de etanol por ano. A Brenco vai investir cerca de R$ 5,5 bilhões até 2015.

A Cluster Bioenergia, outra empresa do segmento, está implantando no município Barra do Garças (509 km de Cuiabá), no Vale do Araguaia, um complexo agroenergético industrial, três destilarias, área total de cada plantada de 180 mil hectares, projetado para a produção de 1,1 bilhão de litros e etanol/ano e geração de 1.200 GWh/ano de energia elétrica, visando a máxima competitividade e à máxima agregação de valor aos produtos agroindustriais. O investimento de mais de R$ 2,8 bilhões e que vai gerar 7.185 diretos e 28.740 indiretos.

No município de Diamantino (208 km de Cuiabá), um grupo de empresários, desde 2008, vem realizando uma série de estudos para implantar uma unidade bioenergética para a plantar 85 mil hectares de cana e 10 mil hectares de eucalipto e produzir 2 bilhões de etanol/ano, 680 MWh/ano de energia elétrica, num investimento de U$ 3 bilhões. A previsão é de que em 2014 o empreendimento comece a funcionar.

Cimento - Com a chegada de novoas empresas a construção civil foi afetada diretamente, e de forma positiva. Tanto as empresas precisam de áreas construídas, como acabam atraindo mão de obra que precisa de lugar para morar. Assim, Mato Grosso é palco de um crescimento na construção civil jamais visto. Por conta desse crescimento a procura por cimento, algo em torno de 120 a 125 toneladas mês, tem atraído novos investimentos no setor, com destaque para a Votarantim e a BRC Cimento, a mais nova empresa do setor no Estado.

O Grupo Votorantim, empresa tradicional no segmento, já assinou protocolo de intenções com o governo de Mato Grosso, para instalar mais uma unidade. O empreendimento será na baixada cuiabana, no Distrito da Guia, Rosário Oeste ou Acorizal, dependendo da definição de uma análise das opções de jazida, solo e estrutura de cada município.

O grupo vai investir em torno de R$ 350 milhões no projeto e estima uma produção média de 23 mil toneladas ao ano na nova planta, para atender inicialmente o mercado regional com intenções de abrir para outros Estados também. Mato Grosso já conta com uma fábrica de cimento da Votorantim no município de Nobres (146 km a Médio-Norte de Cuiabá) que abastece também os Estados do Acre e Rondônia.

Assessoria

Um grupo de fundos de investimentos, cujos representantes já estiveram com o governador Silval Barbosa, anunciou a construção em Mato Grosso da primeira fábrica de cimento da nova empresa BRC Cimento no País. Essa primeira unidade será instalada no Distrito Marzagão, município de Rosário Oeste (128 km de Cuiabá). Serão investidos na construção da fábrica R$ 400 milhões, nos primeiros 18 meses, e mais R$ 400 milhões nos próximos cinco anos, gerando mil empregos diretos, na fase de construção e 450 empregos diretos quando a indústria estiver funcionando.A expectativa de produção é 1,5 milhão de toneladas/ano. Apenas essas empresas estão investindo em Mato Grosso perto de R$ 13 bilhões e vão gerar mais de 22 mil empregos diretos.

Construção Civil - Essas duas empresas – a Votorantim com mais uma unidade e a BRC Cimento com a sua primeira fábrica – ao investir em Mato Grosso demonstra a confiança no crescimento da construção civil pelo qual o Estado vem passando. Esse crescimento é corroborado por dados do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), que realizou uma pesquisa em dezembro de 2009.

A pesquisa constatou que 60 empreendimentos imobiliários estavam em produção e/ou foram lançados, com previsão de entrega até julho de 2013. São 6.572 apartamentos e 1.503 casas para atender a todas várias faixas de poder aquisitivo, que vão de imóveis de 55 m2 a mais de 200 m2.

Evolução do emprego formal em Mato Grosso - O Ministério do Trabalho e Emprego, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), confirma que Mato Grosso vem num crescendo de forma sustentável, gerando renda e novos empregos.

De acordo com os dados do Caged, em junho de 2010 foram criados 5.287 empregos celetistas, equivalente ao crescimento de 1,03% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Tal expansão deveu-se principalmente ao crescimento nos setores da Agropecuária (+2.734 postos), da Indústria de Transformação (+717 postos), de Serviços (+715 postos) e do Comércio (+699 postos). No primeiro semestre do corrente ano, houve acréscimo de 24.686 postos (+5,01%). Esse desempenho é o segundo melhor da Região Centro-Oeste, sendo superado apenas pelo observado em Goiás (+70.155 postos).

Segundo o Caged, nos últimos 12 meses em Mato Grosso, verificou-se um aumento de 3,36% no nível de emprego ou +16.802 postos de trabalho.






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