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Meio Ambiente
Sábado - 28 de Agosto de 2010 às 11:16
Por: ISA SOUSA

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O Estado de Mato Grosso apresentou, nesta semana, um dos índices mais baixos de umidade relativa do ar, em 2010. Chegou a 10% em municípios como Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) e Guiratinga (328 km ao Sul). A Capital alcançou 12% de umidade relativa do ar ontem (27), média que deve permanecer neste sábado (28).

De acordo com a previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o cenário seco, esfumaçado e propenso à doenças respiratórias começa a mudar na segunda quinzena de setembro, quando chuvas em formas de pancada atingirão a região Centro-Oeste.

Apesar das chuvas, o fato de chegarem em forma de pancadas, ou seja, rápidas e geralmente no meio da tarde, ainda não serão suficientes para amenizar a sensação desértica que os mato-grossenses têm passado. O período de alerta prossegue até outubro.

Municípios em alerta

Segundo o último Boletim Vigiar, da Secretaria de Estado de Saúde, que a cada dois dias apresenta relatório da qualidade do ar, cinco municípios do Estado estão na relação dos "inadequados".

A população de Alta Floresta, Peixoto de Azevedo, Porto Alegre, Sorriso e Vila Rica, nas regiões Norte e Nordeste, pode apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. Crianças, idosos, pessoas com doenças respiratórias e cardíacas, que fazem parte do grupo sensível, podem apresentar efeitos mais sérios na saúde.

No Boletim, Cuiabá apresentou qualidade do ar regular, em que pessoas do grupo sensível podem apresentar sintomas de tosse seca e cansaço. A população em geral não é afetada, aponta o relatório.

De acordo com a meteorologista Odete Marlene Chiesa, do Inpe, a situação em Mato Grosso, apesar de não fugir das características da época do ano, é considerada alarmante.

"As maiores médias de umidade relativa do ar no Estado têm sido em torno de 22%, ainda sim consideradas muito baixas", disse.

Em comparativo com a região Sudeste, que também têm apresentado baixa umidade relativa do ar, a meteorologista explicou que é típico daquela região a incidência de frentes frias, que amenizam o quadro, fato que não ocorre com o Centro-Oeste, já que o calor não permite a chegada de frentes frias nesta época.

Recomendações

Enquanto permanece o estado de alerta, a Defesa Civil recomenda que a população evite atividades ao ar livre e exposição ao sol nos horários mais críticos, entre às 10h e às 17h, e aconselha a ingestão de bastante líquidos para evitar desidratação.

O órgão alerta ainda que a baixa umidade aumenta as chances de incêndio em pastagens e florestas e pede às pessoas que não coloquem fogo em terrenos baldios e vegetação seca.

As crianças e os idosos precisam de atenção especial, já que são os mais afetados pela baixa umidade do ar.

O acúmulo de poeira pode desencadear problemas alérgicos, por isso é importante manter a higiene doméstica. Dormir em local arejado e umedecido ajuda a ter uma noite de sono tranquila. Os ambientes podem ser umidificados com toalhas molhadas, reservatórios com água ou umidificadores.

Para aliviar irritação das vias aéreas e dos olhos, eles podem ser lavados com soro fisiológico.

A pele também merece atenção especial. Banhos com água muito quente provocam ressecamento, o uso de hidratante ajuda a manter a pele saudável.





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