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Cidades
Sábado - 28 de Agosto de 2010 às 20:37
Por: Ronaldo Couto

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O promotor Marcos Brant Gambier Costa disse que não há mais volta na decisão de cumprir a lei que proíbe a venda de leite in natura (cru) e derivados na cidade de Barra do Garças. Nesta semana, Brant vistoriou as instalações de um laticínio na saída de Barra do Garças para Cuiabá, onde será pasteurizado o leite dos pequenos produtores.


O promotor informou que não vai aceitar nova afronta à lei e disse que a resposta para os reincidentes será a prisão. “Quem for pego vendendo leite in natura vai ser preso” destacou Brant numa entrevista concedida essa semana.
 
Ele visitou um laticínio que estava fechado e agora está sendo alugado pela cooperativa Hortiagro, que é presidida pelo coordenador municipal de Agricultura, Régis Resende.

O promotor explicou que a proibição se deve ao grande risco de contaminação com o leite in natura e portaria da Anvisa que proíbe essa comercialização, conforme estudo do Organização Mundial da Saúde (OMS). Brant tentou desmitificar a idéia de que o leite ficará mais caro para comunidade, dizendo que ficará em torno de 1,20.

Os leiteiros lamentam a proibição, que acaba com a profissão deles e encarece o preço do leite na cidade. Hoje o litro de leite custa em média 0,90 passa para 1,20 a 1,50 vindo do laticínio. Em supermercados, o preço é de 1,80. “Prá mim não compensa pegar leite em laticínio para entregar. É melhor mudar de profissão. No meu caso vou ter de mudar de profissão” explica um leiteiro do bairro São José, que pediu para não divulgar o seu nome, temendo represália. Na terça-feira, derramaram 40 litros de leite dele no São José.

Na semana passada, a fiscalização apreendeu 600 litros de leite do comerciante Sebastião do Carmo Nogueira, da Sorveteria do Tião, cujo produto foi derramado no aterro sanitário da cidade, causando polêmica na cidade. Vereadores de oposição saíram em defesa dos leiteiros dizendo que a prefeitura não os preparou para esse momento e prejudicou a população porque o preço do leite vai subir.

Tião questionou que o leite dele era bom e não fizeram exame pra confirmar que estava inviável para consumo. “O ato de derramar o meu leite e me prender deixa cicatrizes que jamais esquecerei” lamenta Tião.






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