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Eleições MT 2012
Terça - 31 de Agosto de 2010 às 05:30

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Enquanto o candidato a governador Mauro Mendes (PSB) percorre municípios e participa de extensas agendas em Cuiabá e Várzea Grande e o candidato a vice, Otaviano Pivetta (PDT), fortalece a base no interior do estado, suas esposas, respectivamente Virgínia Mendes e Marileide Ceolatto, levam as propostas dos candidatos ao eleitorado feminino com o Movimento Mulher de Atitude é 40.

Composta pelos partidos PSB, PDT, PV e PPS, a coligação Mato Grosso Melhor Pra Você tem realizado uma verdadeira força tarefa para garantir que as propostas do candidato a governador Mauro Mendes chegue a todos os lugares.

Nesta semana, Marileide Ceolatto visitou as comunidades rurais Aranhas e Laranjal, em Poconé, e a de negros remanescentes de quilombos (quilombolas) Mutuca, em Nossa Senhora do Livramento, acompanhada de membros do Movimento Mulher de Atitude é 40.

Na comunidade quilombola Mutuca, Marileide notou que as pessoas são organizadas e politizadas, mas enfrentam dificuldades na venda e escoamento da produção, oriunda de 110 hectares de culturas como cana-de-açucar e banana.

“Observo que a realidade entre vocês é um pouco diferente, por conta da união das pessoas”, disse Marileide, ao falar com os membros da comunidade, comandada por mulheres. A Mutuca é uma das seis associações da comunidade quilombola Mata Cavalo, da qual fazem parte 150 famílias.

“Queremos que o próximo governador nos olhe com respeito, o respeito que a gente merece. Hoje, o estrangeiro acredita muito mais em nós que o povo de Mato Grosso. O que falta é acreditar”, disse Laura Ferreira.

Entre as reivindicações apresentadas a Marileide estão a legalização da terra onde fica o quilombo, a viabilização de uma agroindústria para beneficiar a produção e um Centro Tradicional Qulimbola para expor os produtos produzidos pelas mulheres da comunidade.

“A comunidade é unida e o trabalho é dividido igualmente. Nossa roça é de toco – braçal - e todos trabalham juntos. A escola foi construída por todos nós, após o trabalho na roça, graças a um projeto com o Canadá. Mas ainda existem mulheres que precisam ir fazer faxina na cidade para se manter”, observou Clair Moraes.

EDUCAÇÃO PRECÁRIA - A dura realidade de quem mora na zona rural e não possui o mínimo de infraestrutura  também foi destacada pelos moradores de comunidades de Poconé. “Essa é uma comunidade sofrida. Não temos serviço de saúde, o ônibus passa longe, a escola só oferece até a 4ª. série e os alunos estudam todos juntos”, disse o trabalhador rural João Manoel da Silva.

Na comunidade existe uma escola multisseriada em que alunos de 1ª até a 4ª séries estudam na mesma sala de aula com uma única professora. Aos alunos que passam da 4ª restam duas opções: desistir de estudar ou enfrentar seis horas diárias de viagem em um ônibus escolar precário para chegar à escola.

Além de se preocupar com a educação dos filhos, a dona de casa Maria de Almeida Rondon demonstrou anseio em relação à fonte de renda das famílias. “A maioria produz alguma coisa, como doces e queijos, mas não temos onde vender”.

Marileide destacou que o interessante à comunidade seria a criação de uma cooperativa, onde todos os moradores pudessem juntar seus produtos e comercializar profissionalmente. “Não vivo o dia a dia de vocês e nem vou fazer promessas, porque esse não é o perfil do nosso candidato, mas sei que nós mulheres temos uma força grande demais e somos capazes de transformar a realidade”, disse ela.






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