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Polícia
Segunda - 06 de Setembro de 2010 às 10:09
Por: José Ribamar Trindade

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Comprovado. O ex-policial militar Valdeci Celestino Viana, o “Cotia”, de 43 anos, executado com sete tiros de pistola na noite de sexta-feira (3), em frente a um bar em Pontes e Lacerda (Oeste, a 450 quilômetros de Cuiabá), é um dos acusados da execução da cartorária Vilmara de Paulo, morta com vários tiros às 18 horas de 27 de junho de 2007.

Valdeci, o também policial militar Aurindo, Rogério e Márcio da Cruz são apontados em um inquérito policial da Polícia Civil e, principalmente no Inventário do promotor de Justiça Luiz Gustavo  Mendes de Maio, que ficou nem Pontes e Lacerda e região entre os anos de 2005 e 2007.

No Inventário que aponta os acusados, um deles, Márcio da Cruz, ao ser ouvido, apontou como mandantes o tabelião Marcelo Rodrigues de Freitas, titular do 1º Ofício de Pontes e Lacerda. A filha dele, Silvana Souza de Freitas e o também filho de Marcelo, Elmisson Souza Freitas. Vilmara trabalhou por muitos anos como cartorária.

Além de processar Marcelo em uma ação trabalhista que cobrava R$ 800 mil de indenização, Vilmara ainda o denunciou por envolvimento em diversas irregularidades no 1º Ofício.

Em um dos trechos do Inventário do promotor Luiz Gustavo, consta uma denúncia contra um delegado da Polícia Civil, que teria recebido R$ 200 mil como pagamento para colocar uma pedra em cima do caso. Ou seja, para não levar adiante as investigações. Como delegado até hoje não foi punido, o nome dele não será divulgado.

PARTE DO INVENTÁRIO

O executor Márcio disse em seu interrogatório que, após cometer o crime, chegou a cobrar do filho de Marcelo, Elmisson Souza Freitas, por telefone e em ligação feita para o cartório, parte do valor prometido para a execução, tendo este dito que o valor já havia sido repassado para o indiciado Valdeci, vulgo "Cotia", e que este é quem devia ser procurado.

Declarou também Márcio na Delegacia, inclusive na presença deste membro do Ministério Público, que Silvana Souza de Freitas, filha de Marcelo, foi quem lhe entregou a quantia de R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais) como parte do pagamento pela execução.

Pois bem, o fato é que o inquérito policial instaurado para apuração do crime de homicídio, mesmo havendo indiciados presos e provas firmes da autoria, estava demorando mais do que o necessário para ser concluído.

A partir de então este Promotor de Justiça começou a suspeitar da idoneidade de um delegado,  razão pela qual realizou investigações para apurar o estranho comportamento da autoridade policial.

Na oportunidade este Promotor de Justiça resolveu ouvir os familiares da vítima (pai e irmão), ocasião em que eles informaram que tinham obtido informações de que o delegado do caso estaria recebendo vantagem indevida, R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), de Marcelo Rodrigues de Freitas, pai de Silvana e Elmisson, para conduzir as investigações policiais de forma a inocentá-los.

Os familiares da vítima disseram também que para fazer tal pagamento para o delegado, Marcelo teria vendido parte de uma fazenda, fato que este Promotor de Justiça pôde confirmar após conversar com o comprador das terras vendidas por Marcelo.





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