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Economia
Domingo - 12 de Setembro de 2010 às 17:16
Por: Romilson Dourado

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O prefeito de Cáceres Túlio Fontes (DEM) explicou neste domingo que o fechamento do frigorífico JBS Friboi, que começou em 1985 e passou por quatro razões sociais e gerava mais de 500 empregos, nada tem a ver com a administração pública, mas sim com o mercado capitalista. Ele comenta que, lamentavelmente, outras unidades também fecharam as portas, como duas em Pontes e Lacerda, na mesma região Oeste. Segundo Túlio, o Grupo JBS é o maior do mundo no ramo e não precisa pedir apoio para prefeitura e nem para o governo estadual para se manter no município. O democrata se mostra revoltado com rumores de que o frigorífico teria anunciado encerramento das atividades em Cáceres porque a prefeitura não asfaltou um trecho de aproximadamente 1 km que dá acesso à unidade. De acordo com o prefeito, o asfalto, sem licitação, teve início em plena campanha eleitoral de 2008 sob iniciativa do antecessor Ricardo Henry e que, por conta dos procedimentos ao arrepio da lei, jamais daria continuidade à obra por não ter existência jurídica.

"O fechamento do frigorífico diz respeito a mercado. Aliás, dois outros fecharam em Pontes e Lacerda e todos ficaram quietos. O Grupo JBS tomou a decisão e isso é próprio do capitalismo". O prefeito revela que na última quinta telefonou para o senador e pecuarista Jayme Campos (DEM), que também é dono de frigorífico, para saber detalhes sobre JBS e o mercado e ouviu do parlamentar que em Mato Grosso existem mais 30 plantas e que mataram muitas matrizes e agora não há mercado para tantos unidades frigoríficas. Lembrou também que a planta de Cáceres acumula 25 anos, já mudou de nome quatro vezes até cair na JBS, uma multinacional cujos acionistas decidiram, sem alarde, dar férias coletivas para os funcionários no mês passado.

"Eles tomaram a decisão pensando no lucro. Não pensam no desemprego, no impacto negativo na economia do município", enfatiza Túlio Fontes, ao lembrar que o Grupo vai manter os frigórificos de Mirassol D´Oeste e de São José dos Quatro Marcos. Pondera ainda que JBS perdeu mercado russo e outros espaços e, por consequência, teve de diminuir a produção.

Uso político

O prefeito observa que a oposição começou, de forma maldosa, a culpá-lo como co-responsável pelo fechamento do frigorífico que nada tem a ver com o poder público, simplesmente porque não houve asfaltamento de um trecho de um km. Diante disso, avisou que vai entregar ao Ministério Público Federal documentação que compromete a gestão do ex-prefeito Ricardo Henry em obra sem licitação, que seria asfalto não concluído de acesso à unidade do JBS. "Não quero prejudicar ninguém, mas também não vou prevaricar. O que os senhores Henrys (numa alusão ao ex-prefeito Ricardo e ao deputado federal Pedro Henry) fizeram foi estelionado eleitoral, lançando obra ao arrepio da lei. Como vou dar sequência a uma obra que não existe juridicamente?", questiona o prefeito.

Túlio Fontes afirma que, neste período de um ano e nove meses de mandato, tem procurado reconstruir Cáceres administrativamente. "Enfrentamos muitas intempéries. As enchetes, por exemplo, deixaram prejuízos de mais de R$ 20 milhões e não tivemos ajuda nem do governo estadual e nem do federal". Lembra que ainda existem regiões com pontes de mais de 100 metros caídas. "A gente tem trabalhado muito. Viramos o ano no azul, com índices e leis cumpridos. Fizemos o que faz todo prefeito sensato e responsável".





Fonte: RD News

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