Blairo Maggi dá autógrado e Wilson Santos recebe vaia

A campanha de 2010 em Mato Grosso está mostrando a diferença entre a popularidade e o desgaste da classe polí­tica junto a população. De um lado, o ex-governador Blairo Maggi (PR), candidato ao Senado da República, é recebido com aplausos e com carinho pelo eleitor. As crianças, principalmente, o cercam pedindo autógrafos e os adultos fazem questão em tirar fotografia ao seu lado.

Por outro, o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), candidato ao governo do Estado, é hostilizado e é obrigado a ouvir desaforos e não como respostas. Em alguns lugares da capital mato-grossense, é recebido com certa agressividade como foi na feira do Osmar Cabral, onde jogaram tomates e outras coisas, além de ser xingado.
Os candidatos a deputados federais e estaduais não conseguem vincular as suas imagens ao do candidato tucano, porque a população rejeita. "Numa reunião familiar, quando falei do Wilson Santos, um tio meu se retirou e quis saber o por quê, ele me disse que estava mau acompanhado", revelou um candidato a deputado estadual.

Mas porque essa diferença entre Blairo Maggi e Wilson Santos? É simples. Nessa era da Internet, da informação instântanea, o polí­tico que não se adequar a nova realidade, vai, mesmo sendo bom de discurso, sucumbir nas urnas. Não se pode mais ficar fazendo promessa torto a direito, assumindo compromissos que ficam apenas no papel. Hoje o polí­tico precisa ter seriedade e adequar o seu discurso com a realidade.

Blairo Maggi compreendeu esse novo momento. Fez um governo pautado no que poderia realizar e, muitas vezes, foi criticado, tripudiado, ao dizer não principalmente para a classe polí­tica. Wilson Santos, por sua vez, nunca disse não, fez acordos e acordos e não honrou a maioria. Assim, ganhou a fama de não cumprir os entedimentos, espalhados aos quatro cantos do Estado pelos seus próprios companheiros, que t iveram seus interesses preteridos.

E, para sua infelicidade, esse fato se tornou uma verdade também junto a maior parte de eleitorado, dada sua rejeição recorde. Não foi, como tenta mostrar, por erro de comunicação, mas por achar que poderia levar todos de "barriga". Felizmente, a era da Internet, ao que tudo indica, vai sepultar os poli­ticos demagogos e falastrão .