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Eleições MT 2012
Quinta - 16 de Setembro de 2010 às 07:54
Por: Marcos Lemos

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A Associação Nacional de Jornais (ANJ) reagiu com indignação a ordem de censura prévia emitida pela Justiça Eleitoral de Mato Grosso, através do juiz responsável pela propaganda eleitoral, Lídio Modesto Filho, contra o Grupo Gazeta de Comunicação atendendo a ação judicial do deputado federal e presidente do PT, Carlos Abicalil, que é candidato a senador da República, e se sentiu prejudicado por ter sido divulgado que ele assinou pedido de apreciação de projeto de lei sobre discriminalização do aborto.

Abicalil alega que a vinculação de seu nome ao tema pode lhe prejudicar eleitoralmente.

"Condenamos com veemência a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. É difícil de se acreditar que em pleno Século 21 ainda existam decisões judiciais desta envergadura que contrariem o direito da maioria pelo pedido da minoria para atender apenas uma pessoa ou um partido, a população não tem que ser alijada do conhecimento real dos fatos", disse Ricardo Pedreira, diretor-executivo da ANJ.

lembrou que a Constituição Federal de 1988 impede com clareza qualquer tipo de censura, mesmo que a pretexto de evitar o ataque a honra de determinado candidato ou pessoa. "A censura priva a todos, priva o direito das pessoas de decidirem e inclusive de discutirem as questões. Se o fato é colocar em discussão a questão do aborto, não será censurando um órgão de comunicação que essa discussão será ampla e irrestrita", ponderou o diretor-executivo da entidade que congrega todos os jornais do Brasil.

Para Ricardo Pedreira, no momento vivido pelo país e nos avanços conquistados se admitir a censura prévia é um passo para trás, um retrocesso. "Esta atitude é algo condenável e inconstitucional, mas me admira muito que nos dias de hoje ainda aconteçam decisões sem um mínimo de razão plausível e justificável para atender a apelos eleitorais, num momento onde os ânimos se acirram naturalmente", explicou Ricardo Pedreira, novamente condenando e assegurando que a ANJ vai acompanhar para saber quando a Justiça revogará seu próprio erro.





Fonte: A Gazeta

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