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Cidades
Quarta - 22 de Setembro de 2010 às 11:10

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Apontada com uma das áreas que mais cresce em todo o País, o setor da construção civil em Cuiabá segue a passos largos, com o crescimento do mercado imobiliário  e  a entrada de construtoras de renome nacional, como Plaenge, GMS Imobiliária e Construtora, Brookfield, Construtora e Incorporadora Rossi, Alphaville e Goldfarm, entre outras.

Em Mato Grosso, a construção civil foi o segundo setor que mais gerou emprego em agosto de 2010 segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, com um total de 879 novos funcionários.

Mas não se nota a mesma expansão na melhoria das relações de trabalho nos canteiros de obras. De acordo com o sindicato dos trabalhadores do setor (SINTRAICCCM), o descumprimento da legislação trabalhista gera situações como falta de assinatura de carteira de trabalho e do depósito dos encargos sociais, como FGTS e INSS.

O setor também é campeão em acidentes de trabalho, colocando Mato Grosso no topo do ranking nacional.  Segundo dados da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado (SRTE), nos oito meses de 2010, já foram registrados 61 casos de mortes no Estado, enquanto em Mato Grosso do Sul foram nove, 12 em Goiás e 18 no Distrito Federal. No período, a SRTE já investigou 56 acidentes de trabalho, sendo sete fatais. Ano passado, foram 46 acidentes com nove mortes em diversos setores, incluindo a construção civil.

De olho nesta realidade e já prevendo o aumento das irregularidades com o crescimento do setor, o sindicato está intensificando as visitas a canteiros de obras para realizar reuniões de conscientização quanto à importância do cumprimento da legislação trabalhista, em especial quanto aos acidentes de trabalho. O sindicato está divulgando a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, levando-a aos canteiros de obras e também publica um jornal interno, com o qual informa o trabalhador sobre seus direitos.

Insegurança

A precariedade das condições de trabalho na construção civil ganhou a mídia no início do mês com a morte de mais um trabalhador, que caiu do décimo andar de um prédio em construção. Ele não usava equipamento de proteção. “Fatos como estes acontecem diariamente. E temos que nos posicionar quanto a isso, informando o trabalhador de que ele não é obrigado a colocar sua vida em risco, por exemplo”, comentou o presidente do sindicato, Joaquim Santana. Segundo ele, certas construtoras até criam dificuldades para que o sindicato adentre os canteiros de obras, mas a equipe do sindicato tem buscado entendimento diariamente com o empresariado também.






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