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Eleições MT 2012
Sexta - 01 de Outubro de 2010 às 09:39
Por: Romilson Dourado

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O polêmico deputado Gilmar Fabris (DEM) joga "pesado" em Várzea Grande, segundo maior colégio eleitoral do Estado, para obter boa votação em busca da reeleição. Embora não tenha nenhuma identidade com o município, pois é de Rondonópolis, cidade-pólo do Sul, Fabris cooptou o ex-deputado e conselheiro aposentado do Tribunal de Contas, Ary Leite de Campos, para atuar como espécie de coordenador-geral de sua campanha e, ao mesmo tempo, atrair o espólio político de parte da família Campos.

Dentro desse acordão, toda a estrutura que Ary montava em campanha para, num passado recente, eleger o filho Campos Neto uma vez vereador e duas vezes deputado estadual, passou a ser feita agora em favor de Fabris. Neto virou conselheiro do TCE no lugar do próprio pai. Assumiu o cargo vitalício em junho do ano passado. Ary faz política à moda antiga. Com seu estilo folclórico e polêmico, "amarrou" para Fabris apoio de 9 dos 13 vereadores várzea-grandenses. Nas conversas de bastidores, entram acertos e o conselheiro aposentado exige resultados na prática, ou seja, ao menos 500 votos de cada um. Entre os vereadores "compromissados" com Fabris estão Antonio Gonçalo Pedro de Barros, o Maninho, Isabela Guimarães e Baiano Pereira (os 3 do DEM), assim como Marcos de Moraes, o Boro (PP), Domingos Sávio e Charles Caetano (ambos do PR). A investida de Fabris está incomodando candidatos que moram no município, como os já deputados Wallace Guimarães (PMDB) e Maksuês Leite (DEM).

Fabris toca a campanha mesmo sob insegurança jurídica. É que ele teve o registro indeferido e, embora carregue em mãos um documento do TRE-MT, atestando que está apto a concorrer e com nome e número cadastrado na urna eletrônica, terá dificuldades para tomar posse se não reverter a situação no TSE. Ele foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa. O democrata se envolve em processo a cada eleição. Um deles, do pleito de 2006, levou a Justiça Eleitoral a cassar o mandato por compra de votos. Fabris recorreu ao TSE e só ocupa cadeira na Assembleia porque conseguiu uma liminar.

     Aliança

A coligação proporcional da qual Fabris faz parte é composta pelo DEM e PSDB. O bloco deve eleger 3 deputados e 7 brigam com chances reais de estarem entre os eleitos e/ou reeleitos. Do DEM, os nomes mais fortes, pela ordem, são dos já deputados José Domingos e Chica Nunes e, depois, Fabris. Do tucanato, o deputado Guilherme Maluf figura em primeiro, seguido de Carlos Carlão do Nascimento, de Carlos Avalone e do ex-prefeito de Água Boa Selso Lopes. Embora tenha montado estratégias para cooptar lideranças e grande estrutura em ao menos 30 municípios concentrados no Sul e na Baixada Cuiabana, Fabris não se reelegerá com facilidade. Trata-se de um parlamentar emblemático e que se envolve em confusão. É amado e odiado nos meios políticos e empresarial. Não tem papas na língua e costuma fazer discursos duros em tom de desafio até à Justiça.
 




Fonte: RD News

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