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Eleições Brasil 2012
Terça - 05 de Outubro de 2010 às 10:04

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A Justiça Eleitoral terá de decidir o destino de 8,6 milhões de votos dados a 143 candidatos barrados com base na Lei da Ficha Limpa em todo o país. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta segunda-feira o número de votos recebidos por candidaturas indeferidas preliminarmente em 26 unidades da federação - apenas o Acre ainda não havia sido contabilizado. Ao todo, incluindo também os registros irregulares, apresentados com atraso ou com outros tipos de problemas, o Judiciário contabiliza 15,7 milhões de votos dados a 1.078 candidatos que ainda precisarão passar pelo crivo judicial.

Se, ao final, estes votos forem contabilizados, a distribuição das bancadas na Câmara dos Deputados e nas Assembléias Legislativas poderá ser alterada. Formalmente, esses candidatos não têm voto algum, pois não entraram no rateio final da eleição. O TSE promete resolver as pendências até o segundo turno, em 31 de outubro.

Na relação dos candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa estão dois candidatos a governo estadual, sete senadores, 42 deputados federais e 92 deputados estaduais. O levantamento foi feito com base em cruzamento de dados do TSE e apurados pelo site Congresso em Foco junto aos Tribunais Regionais Eleitorais.

Maior concentração foi registrada em São Paulo

São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, é onde se concentra o maior número desses candidatos (23) e o volume mais elevado de votos sub judice (1,040 milhão). Boa parte desses números deve-se ao candidato Paulo Maluf (PP), que recebeu 497.203 votos para deputado federal.

No Rio, o cruzamento de dados aponta quatro candidatos barrados. São dois candidatos a deputado federal: Arnaldo Vianna (PTB), que recebeu 53.605 votos, e Celso Jacob (PMDB), com 31.302 votos. Dois candidatos a deputado estadual estão na lista: Jorge Babu (PTN), com 21.093 votos, e Alexandre Mocaiber (PSB), que teve apenas 40 votos. O ex-governador Anthony Garotinho (PR), com 694.511 votos, não consta da lista, pois teve o registro eleitoral deferido graças a liminar do TSE.

Dois candidatos a senador pelo Pará estão com os 3,5 milhões de votos congelados. Jader Barbalho (PMDB) recebeu 1,799 milhão de votos, teve o registro liberado pelo TRE local, mas foi suspenso pelo TSE. Paulo Rocha (PT), envolvido no escândalo do mensalão, também amealhou 1,733 milhão de votos. Os dois tiveram menos votos que Flexa Ribeiro (PSDB), que conquistou 1,817 milhão de votos, mas estão à frente de Marinor Brito (PSOL), que teve 727 mil votos e, até agora, é o segundo senador eleito.

Depois de São Paulo, Ceará e Rondônia aparecem como os estados com maior número de candidaturas ficha-sujas. No Ceará, são 16 candidatos (seis a deputado federal e dez a estadual). Outro candidato barrado que ultrapassou a barreira do milhão de votos foi Cássio Cunha Lima (PSDB), que disputou uma vaga no Senado pela Paraíba. Com 1,004 milhão de votos, o ex-governador paraibano seria eleito senador.

Em Rondônia foram barrados 14 candidatos, incluindo Expedito Junior (PSDB), candidato ao governo, com 124 mil votos. Seria suficiente apenas para ficar em terceiro lugar. Os segundo turno será disputado por Confúcio Moura (PMDB), com 291 mil votos e João Cahulla (PPS), que recebeu 246 mil. Rondônia também tem um senador barrado: Melkisedeck Donadon (PHS), que levou 58.330 votos, ficando em quinto




Fonte: O Globo

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