Teté e Luciane representam força feminina na AL nos próximos 4 anos

A partir do próximo ano, Mato Grosso contará com apenas duas mulheres em seu quadro político. Eleitas deputadas estaduais, Teté Bezerra (PMDB) e Luciane Bezerra (PSB) passarão a ser as únicas representantes do sexo feminino ocupando cargos eletivos de âmbito estadual e federal. Apesar de manter o mesmo número de deputadas no Legislativo estadual, MT ficará sem representantes na Câmara e no Senado.

Com 77 candidatas a deputada estadual, num total de 307 que concorriam à Assembleia, as canddiatas à reeleição, Chica Nunes (DEM) e Wilma Moreira (PSB) não conseguiram emplacar um novo mandato. Enquanto Teté e Luciane, que integram o quadro de renovação da Casa, levam para o Legislativo a tradição política de seus maridos. A primeira é esposa do deputado federal reeleito Carlos Bezerra (PMDB) e já ocupou uma cadeira na Câmara, enquanto Luciane, casada com o ex-prefeito de Juara, Oscar Bezerra (PSB), deve travar um embate com o ex-presidente da Assembleia, eleito para o quinto mandato, José Riva (PP).

Ao fim de seu mandato, a senadora Serys Marly (PT) que travou uma briga interna no partido para tentar uma reeleição, teve seu projeto barrado pelo deputado federal Carlos Abicalil (PT), que disputou a vaga. Para não ficar de fora do processo político, ela concorreu à Câmara, mas não conseguiu se emplacar. A disputa ao Senado não contou com a participação feminina nem em cargos de suplência.

Para a disputa de cargos proporcionais (deputados federal e estadual) a legislação determina uma participação mínima de 30% de mulheres na disputa. À Câmara, entre os 96 concorrentes às oito cadeiras, o Estado contou com 25 mulheres na disputa. Apenas uma delas tentava a reeleição, a deputada federal Thelma de Oliveira (PSDB), que não conseguiu a aprovação dos eleitores para voltar ao Congresso.

Diante deste cenário, esta será a primeira vez, pelo menos nos últimos 16 anos, que o Estado não terá uma representante feminina no Congresso. Em 1994, Teté foi eleita deputada federal e se reelegeu nas eleições seguintes, no mesmo pleito em que Celcita Pinheiro (DEM) também conquistou uma das vagas. Já em 2002 foi a democrata quem conseguiu mais um mandato e teve a companhia da deputada Thelma de Oliveira (PSDB), mantendo o número de duas mulheres na Câmara. Neste mesmo ano, Serys foi eleita senadora. Com mandato de oito anos, ela e a deputada tucana são as mato-grossenses que representam o Estado no Congresso desde 2006.

Do total de 433 concorrentes aos diversos cargos em jogo nestas eleições, Mato Grosso teve 102 candidatas na corrida eleitoral, sendo que algumas entraram na disputa somente para preencher os quadros da coligação a fim de cumprir a determinação legal, sem conseguir alcançar números expressivos nas urnas, liderando o ranking dos candidatos menos votados para a Assembleia.