Lideranças da oposição defendem maior presença de FHC na campanha de Serra

Dispostos a reverter a vantagem da petista Dilma Rousseff no primeiro turno das eleições, lideranças do DEM, PSDB e PPS defenderam nesta quarta-feira maior presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na campanha de José Serra (PSDB) ao Palácio do Planalto.

Depois de Serra praticamente não mencionar feitos de FHC no primeiro turno, grande parte da oposição agora defende que o tucano mude sua estratégia.

Senador eleito, o ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que os tucanos estão dispostos a discutir ações da gestão FHC na nova fase da campanha.

"Não teria governo do presidente Lula se não tivesse havido o governo do presidente Itamar Franco, com o lançamento do Real, e do presidente FHC, que consolidou. Querem falar das privatizações? Vamos falar delas. É preciso que os brasileiros conheçam mais as propostas, as ideias e as diferenças entre os candidatos", afirmou Aécio.

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a partir de agora haverá a polarização entre Serra e Dilma.

"Nossos adversários estão abatidos, nós estamos aguerridos nessa campanha pelo segundo turno. Agora é a comparação entre os dois projetos. Não mais o governo Lula, mas entre os dois candidatos", disse Alckmin.

O tucano afirmou que Serra terá um "exército" à sua disposição no segundo turno. Com tempo igual ao de Dilma no rádio e TV no segundo turno, os tucanos afirmam que Serra vai reverter a vantagem da petista.

Tucanos e democratas vencedores e derrotados nas urnas participam do encontro pró-Serra, entre elas os presidentes dos três partidos: Sérgio Guerra (PSDB), Roberto Freire (PPS) e Rodrigo Maia (DEM).

Também estão presentes, entre outros, o senador eleito Aécio Neves (PSDB), o governador eleito Antônio Anastasia (PSDB-MG), o senador eleito Itamar Franco (PPS-MG), o governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), os governadores eleitos Raimundo Colombo (DEM-SC), Beto Richa (PSDB-PR) e Siqueira Campos (PSDB-TO).

Derrotados nas urnas, os senadores Tasso Jereissati (PSDB) e Arthur Virgílio (PSDB) também participam do ato com a promessa de se engajarem na campanha presidencial no segundo turno.