PMDB reclama de anonimato no 1º turno, e Temer faz apelo por vitória do partido

Reunidos nesta quarta-feira em Brasília, peemedebistas reclamaram que o partido ficou escondido no primeiro turno da campanha da presidenciável petista, Dilma Rousseff. A legenda, que tem Michel Temer como vice na chapa de Dilma, cobrou maior participação no segundo turno.

"Dilma cresceu antes do tempo e a campanha entrou no piloto automático. Por isso o PMDB se submeteu [ao anonimato]", disse Renan Calheiros, eleito para o Senado por Alagoas. "O PMDB quer compartilhar esse projeto de poder, quer ocupar esse espaço que lhe cabe", reiterou.

As críticas mais duras foram feitas pelo líder do partido na Câmara e cotado para presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (RN). "Tivemos a não presença do PMDB no primeiro turno. Talvez você [Temer] não fosse o vice preferido", afirmou. "Não aceitamos essa história de eleição para um só partido, ou ganhamos juntos ou não ganha ninguém. O PT merece respeito, é um grande partido, mas também temos o nosso espaço", completou.

Temer pregou ao longo de seu discurso a unidade do PMDB e pediu mobilização das lideranças, afirmando que a aliança nacional foi decidida pela maioria e que isso deveria ser respeitado por todos.

Segundo ele, o PMDB vai ter uma participação efetiva e isso engrandece o partido nos Estados. Temer disse ainda que os eleitores deram um recado ao levar a disputa para o segundo turno. "Eles querem mais debate. O PMDB não pode perder a eleição, me levem à vice ao lado da grande parceira Dilma. Eu preciso chegar à vice para representar com mais força o maior partido do país."

O PMDB se reuniu hoje em Brasília para fazer um balanço do primeiro turno.