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Eleições Brasil 2012
Sexta - 08 de Outubro de 2010 às 21:10

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Em meio à polêmica sobre aborto na corrida presidencial, a candidata do PT, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira que essa discussão é "legítima", mas não pode dominar o debate político do segundo turno.

A candidata negou que está abatida e disse que está disposta a lutar todos os dias para vencer a disputa.

"Eu acho que essa discussão é legitima você pode fazer, mas ela não pode ser o centro de todo debate no Brasil é ela e mais um porção de outras questões", disse.

Segundo o PT, os rumores contra a candidata nos segmentos religiosos de que ela defende o aborto e de que ela teria dito que nem Jesus Cristo dela essa vitória - frase que ela não disse-- foram um dos motivos que provocaram o segundo turno.

Antes de ser candidata, Dilma defendia abertamente a descriminalização da prática --o fez, por exemplo, em sabatina na Folha em 2007 e em entrevista em 2009 à revista "Marie Claire".

Depois, ao longo da campanha, disse que pessoalmente era contra a proposta. Hoje, diz que repassará a discussão ao Congresso.

nos segmentos religiosos foram um dos motivos que provocaram o segundo turno.

Dilma disse que não está abatida. A Folha mostrou hoje que em conversas reservadas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva externa preocupação com o "abatimento" de sua candidata à sucessão nos últimos dias.

"Cê tá achando [que eu estou desanimada], cê tá achando? Olha pra minha cara, cê tá achando que eu tô desanimada? Pelo contrário, nunca tive tão animada", afirmou.

PETROBRAS

Dilma chamou de "especulações" denúncias contra a Petrobras publicadas nesta sexta pelo jornal O Globo. A candidata disse que a reportagem que afirma que a estatal seria cliente da empresa de eventos do diretor de Gestão Corporativa da Empresa de Pesquisa Energética, Ibanês César Cássel seria ridícula.

Os contratos da empresa Capacità Eventos assinados em 2008 com a Petrobras somam mais de R$500 mil.

"Aquela matéria é ridícula. Eu quero saber se em algum momento nós questionamos os empresários que foram ministros do governo por ter empresas. Nós questionamos? Que eu saiba, não. Os dois mais recentes, Roberto Rodrigues (ex-ministro da Agricultura) e Furlan (Luiz Fernando Furlan, ex-ministro do Desenvolvimento). Eram empresários, tinham empresas e eram ministros do governo. Vários governos, todos os governos, que eu saiba, tiveram empresários", disse.

Para a candidata, as denúncias podem ter motivação eleitoral. "Tem de ter muito cuidado com isso porque isso chama-se especulação contra a maior empresa do Brasil. Tem de dizer quem disse, o que é que foi dito. O Brasil não pode a todo eleitoral conviver com boatos dessa espécie", disse.

A petista afirmou que não responde mais por questões da Petrobras. "Não sei o que a Petrobras vai fazer porque eu não respondo mais por ela. Como não se pode criar no Brasil um clima de conflito religioso ou de ódio religioso, porque esse País sempre foi um País que conviveu com a diversidade religiosa, de crença e de opinião e é respeitado internacionalmente pela sua tolerância, tem de se ter muito cuidado quando se falar isso sobre empresas. O que não é possível é julgar sistematicamente com coisas sem fundamento", alertou.

A candidata completou: "O fato de uma pessoa ter uma empresa e participar de algum órgão do governo não é crime, nunca foi. Acesse o site da empresa e veja que ela presta serviços para muitas empresas, inclusive órgãos de imprensa. Isso não pode ser tratado dessa maneira".






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