Derrotada nas urnas, Serys deixa campanha de Dilma em 2º plano

Após ter disputado sem sucesso uma vaga na Câmara Federal, a senadora Serys Marly (PT), ao menos aparentemente, está mais focada na conclusão de seu mandato do que na campanha da candidata a sucessão de Lula, Dilma Rousseff (PT), que disputa o segundo turno contra o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). "Quero terminar o meu mandato com dignidade até 31 de dezembro", ponderou a senadora, que integra a Mesa Diretora e deve presidir o Senado durante todo este mês.

Mesmo com um futuro político incerto, a petista diz preferir não fazer planos. Apesar disso, ela não desmente as informações de bastidores de que poderia assumir algum dos ministérios caso Dilma seja eleita. "Esse não é o momento para se discutir isso. Temos que focar na campanha primeiro", desconversou. Serys, assim como Carlos Abicalil, que disputou o Senado causando um racha no partido, foram reprovados nas urnas. Agora o nome dos dois, que estariam condenados ao ostracismo político, são cotados para integrar o terceiro mandato do PT no comando do país.

Com as atenções mais voltadas para o seu trabalho, a senadora afirma que tem participado sim dos atos pró-Dilma em Mato Grosso. Ela pondera ainda que o Brasil já está pronto para eleger uma mulher à Presidência da República. Sobre os ataques que Dilma tem sofrido durante a campanha, Serys diz que são meramente eleitoreiros e que não devem afetar o resultado das eleições. "A população já está esclarecida e sabe que isso sempre acontece em época de campanha", afirma.

Apesar do otimismo, as recentes pesquisas demonstram uma forte queda de Dilma. A perda dos votos é motivada principalmente por um forte movimento religioso. Integrantes das ingrejas católica e evangélicas afirmam nos cultos que Dilma é a favor do aborto. Ela nega e tenta desfazer a imagem por onde passa.