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Agronegócios
Sexta - 15 de Outubro de 2010 às 11:24

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O cultivo in vitro da Poaia (Cephaeles Ipecapuanha) é um dos grandes projetos que está sendo desenvolvido no município de Barra do Bugres, elaborado por professores do Laboratório de Metodologia Científica da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Um dos principais sistemas produtivos de Mato Grosso nas décadas de 70 e 80, a Poaia já representou 4% do PIB do Estado. Porém, a extração irregular colocou a planta na lista das espécies em extinção.

A intenção é resgatar o cultivo da espécie e transformá-la em fonte de geração de emprego e renda, capaz de melhorar a qualidade de vida da população. O projeto foi tema de discussão no seminário “Plantas do Cerrado, oportunidades econômicas sustentáveis”, realizado em Barra do Bugres nos dia 07 e 08 de outubro. O evento contou com o apoio da Assembléia Legislativa.

De acordo com a proponente e coordenadora do projeto, professora Marfa Magali Roehrs, a proposta visa a construção do Instituto de Pesquisas em Plantas Medicinais, com laboratórios de cultivo in vitro. Segundo a professora, os recursos necessários para construção do Instituto e compra de equipamentos é R$ 800 mil. “Para se ter uma ideía, um hectar de Poaia dá um retorno de R$ 300 mil a R$ 400 mil, ou seja, o cultivo de dois hectares praticamente paga o custo do Instituto”, comparou.

“A nossa função, através do Instituto, é fazer a produção in vitro e a pesquisa. A distribuição das mudas com certeza vai obedecer a critérios estabelecidos”, explicou Marfa Roehrs.

O projeto para a criação do Instituto foi protocolado junto ao Secretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Jilson Francisco da Silva, e junto ao Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat). “Precisamos de projetos que possam criar alternativas novas de geração de emprego e renda”, disse Jilson Francisco, ao elogiar e garantir apoio à iniciativa. Da mesma forma, o representante da Fapemat afirmou que “recurso não será o problema, basta ter bons projetos”.

Para a viabilização do projeto já está sendo firmada uma parceria com a Embrapa Amazônia Oriental no sentido de troca de informações entre grupos de pesquisa. Conforme o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, doutor Osmar Alves Lameira, a instituição já tem tecnologia para a produção da Poaia in vitro vai firmar uma parceria com a Unemat para à Unemat.

“A Poaia tem um valor comercial grande. A demanda do mercado asiático pela raiz da planta é de seis a oito toneladas por mês. O preço por quilo da raiz varia de R$ 60,00 a R$ 130,00 e, se agregarmos valor ao produto, pode chegar a valores bem mais altos”, disse Lameira.






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