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Eleições Brasil 2012
Quinta - 21 de Outubro de 2010 às 19:57

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A oposição vai pressionar o Ministério Público Federal para aprofundar as investigações sobre a quebra do sigilo fiscal de familiares do candidato José Serra (PSDB) e integrantes do PSDB. O PPS vai ingressar amanhã com uma representação na PGR (Procuradoria Geral da República) com representação para que o MP apure o envolvimento do deputado estadual Rui Falcão (PT-SP) na montagem de dossiê contra Serra, articulado pelo "grupo de inteligência" da campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) à Presidência.

Os oposicionistas cobram que a PF esclareça quem encomendou ao jornalista Amaury Ribeiro Jr. os dados sigilosos de familiares de Serra. O PPS também quer detalhes da origem dos R$ 12 mil que teriam sido utilizados por Amaury para pagar o despachante Dirceu Rodrigues Garcia e outras pessoas que teriam participado da violação dos sigilos.

"A PF apontou a autoria direta, que envolve o jornalista e as pessoas contratadas por ele. Mas falta a outra autoria, o mandante político", disse o deputado Raul Jungmann (PPS-PR). Segundo o parlamentar, "se os dados sigilosos foram parar na mão de um dos coordenadores da campanha de Dilma é preciso que se apure os desdobramentos e as responsabilidades disso".

Autor do dossiê anti-tucanos, o jornalista disse em depoimento prestado à Polícia Federal "ter certeza" de que os documentos fiscais sigilosos de pessoas ligadas ao presidenciável José Serra (PSDB) foram copiados sem o seu consentimento pelo petista Rui Falcão, deputado estadual do PT e um dos coordenadores de comunicação da campanha de Dilma Rousseff (PT).

A oposição já protocolou na PGR representação com o pedido de investigações sobre a quebra de sigilo, mas agora defende desdobramentos do caso depois que Amaury Jr. confirmou que pagou pela violação dos dados fiscais.

Como a Folha revelou em junho, os dados fiscais sigilosos dos tucanos foram parar num dossiê que circulou entre pessoas do comitê dilmista. Em depoimento à PF, o despachante paulista Dirceu Garcia admitiu que recebeu R$ 12 mil em dinheiro vivo das mãos de Amaury para comprar as declarações de renda das pessoas próximas a Serra.

O jornalista também afirmou que iniciou seu trabalho de investigação contra Serra e aliados quando era funcionário do jornal "Estado de Minas", para "proteger" o ex-governador tucano Aécio Neves, que à época disputava internamente no PSDB a candidatura à Presidência. O repórter, porém, não estava a serviço do jornal quando pediu as informações.

Aécio Neves e o PSDB divulgaram notas ontem pelas quais negaram envolvimento com o episódio. A campanha de Dilma usou a ligação de Amaury com o jornal mineiro, próximo politicamente de Aécio, para tentar afastar o envolvimento do PT com o caso.






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