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Eleições Brasil 2012
Sábado - 23 de Outubro de 2010 às 22:47
Por: ANTONIO DE SOUZA

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Agência Brasil/Divulgação
 Silva jr. diz que escolha de Cuiabá é estratégica; Kfouri insiste em ser contra
Silva jr. diz que escolha de Cuiabá é estratégica; Kfouri insiste em ser contra
O jornalista Juca Kfouri, colunista da Folha de S. Paulo e apresentador do canal pago de esporte ESPN, voltou a criticar a escolha, pela Fifa, de Cuiabá para ser uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014.

Durante um debate promovido pelo jornal paulista, na sexta-feira (22), Juca Kfouri criticou a construção de arenas para o Mundial que será realizado no Brasil em locais, que, segundo ele, têm pouca tradição no futebol. Citou, especificamente, os casos de Cuiabá, Brasília e Manaus. "Não podemos fazer a Copa da Alemanha no Brasil, e temo que isso esteja acontecendo", disse o colunista.

O debate reuniu o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., e representantes das áreas esportivas e da construção civil. Silva Jr. contrapôs Kfouri e disse que a escolha de sedes no Nordeste, Amazônia e Pantanal é "uma decisão estratégica, para estimular o turismo e a economia dessas regiões".

Precedente

Esta não é a primeira vez que Kfouri coloca Cuiabá como alvo preferencial de suas críticas - na prática, endereçadas indiretamente ao seu inimigo pessoal, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

No dia 1º de junho de 2009, por exemplo, o jornalista escreveu um artigo na Folha, com o título "Acabou a farsa" e, nele, criticou a forma como foram escolhidas as subsedes da Copa do Mundo de 2014.

"Fez-se de conta que é a Fifa quem escolhe as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, e não a dona CBF. O presidente da CBF acredita que vive num país de néscios, razão pela qual passou meses repetindo que a Fifa é quem escolhe as cidades-sede da Copa do Mundo", resumiu o jornalista.

Ele lamentou, especialmente, a escolha de Cuiabá, e lembrou que o então governador, Blairo Maggi, tinha o título "motosserra de ouro" do Greenpeace. "Para uma Copa que se pretende ecológica, nada menos apropriado, embora Maggi tenha bem mais de um milhão de razões para influenciar decisões no mundo do futebol", atacou, no artigo.

Durante o proceso de escolha das cidades-sede da Copa do Mundo, Juca Kfouri se envolveu em uma polêmica com Cuiabá, ao declarar apoio a Campo Grande (MS).

No que seria uma tentativa de "limpar a honra do campo-grandense", derrotado na disputa com o cuiabano, Kfouri avaliou, em seu artigo, que "tão natural como a escolha de Manaus para representar a espoliada Amazônia, apesar de Belém ter mais tradição futebolística, teria sido a de Campo Grande para mostrar as belezas do Pantanal".

Confira a reportagem publicada nesta sábado pela Folha, sobre o debate e a posição de Juca Kfouri contra Cuiabá:

Ministro do Esporte aponta entraves na preparação de Copa-14 e Olimpíada-16

O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., afirmou que entraves restringem o poder de atuação do governo federal na organização da Copa- -14 e da Olimpíada-16.

O ministro participou de debate promovido ontem pela Folha. Estiveram presentes Luiz Fernando Santos Reis, presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada, e Juca Kfouri, colunista da Folha, mediados por José Henrique Mariante, editor de Esporte.

Alguns dos obstáculos apontados por Silva Jr. foram o caderno de encargos da Fifa, a burocracia, a letargia do Congresso e a autonomia das entidades esportivas.

Perguntado sobre a exclusão do estádio do Morumbi como sede da Copa, o ministro disse que a decisão é política, mas escapa ao governo federal. "Quem tem de resolver é a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado."

As exigências da Fifa também foram apontadas como entrave. "O problema do Morumbi é com a Fifa. As condicionantes do caderno de encargos são incríveis. Um dos estádios teve de mudar toda a arquibancada do projeto em função do pôr do sol", acrescentou Santos Reis.

Juca Kfouri criticou a construção de arenas para a Copa-14 em locais de pouca tradição no futebol, como Cuiabá, Brasília e Manaus. "Não podemos fazer a Copa da Alemanha no Brasil, e temo que isso esteja acontecendo."

Orlando Silva disse que a escolha de sedes no Nordeste, Amazônia e Pantanal é uma decisão estratégica, para estimular o turismo e a economia dessas regiões.

Apesar de admitir que discute com Brasília a diminuição da capacidade do estádio Mané Garrincha, que atualmente tem um projeto para 70 mil pessoas, disse que a escolha das arenas para 2014 é prerrogativa do Estados.

Sobre os Jogos Olímpicos do Rio, Silva Jr. disse que o Ministério do Esporte será mais ativo na preparação dos atletas e que a nova medida provisória para o alto rendimento, assinada há um mês, é reflexo da nova diretriz. "Já que o Estado é provedor, pode fixar metas e objetivos."

Porém descartou intervir nas confederações esportivas, obrigando-as a restringir reeleições de seus dirigentes, por exemplo. "Não queremos ser bedel de entidades. Nós acreditamos na persuasão."
 




Fonte: Terra

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