Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Entretenimento
Domingo - 24 de Outubro de 2010 às 14:45

    Imprimir


Ele já foi reconhecido na rua como o Fininho, que na Escolinha do Professor Raimundo repetia o bordão Eu te amo, meu queriiiiido; como d. João 6º, da minissérie Quinto dos Infernos, e como Madruga, da novela Senhora do Destino.

Agora o ator André Mattos, 49, faz sucesso como Fortunato em Tropa de Elite 2.

Quando entra em cena, o personagem transforma em gargalhada a tensão quase constante dos espectadores. Deputado, líder miliciano e apresentador de TV, Fortunato foi inspirado em vários personagens reais.

Me inspirei no Wagner Montes, que segue essa linha de programa popular, diz, referindo-se ao apresentador da versão carioca do Balanço Geral, da Record --o programa fictício se chama Mira Geral.

Embora ele também seja deputado [estadual no Rio], não tem nada a ver com o Fortunato como parlamentar, diz.

Para interpretar o deputado, Mattos diz ter estudado vídeos da atuação parlamentar de deputados e vereadores acusados de envolvimento com a milícia.

Depois da primeira cena que fiz como político, os seguranças e o cara do café disseram: Nossa, pensei que o Jerominho [vereador preso, condenado por liderar milícias] tinha voltado .Aí percebi que estava no rumo certo.

Embora satisfeito com o sucesso do filme, Mattos demonstra não se iludir com a fama. Minha sensação é a de ter estreado uma novela das oito: as pessoas me reconhecem na rua, parabenizam, e isso é ótimo, afirma.

Mas aqui não é os Estados Unidos, onde um ator ganha US$ 500 mil, conquista um Oscar e passa a receber US$ 10 milhões. No Brasil não existe isso. Já ganhei 18 prêmios e sabe o que mudou na minha vida? Nada. Reconhecimento é bom, mas não paga as contas.

E prossegue: Tem gente que é artista e gente que está artista. Alguns usam o primeiro salário para comprar carrão com vidro fumê, mas andam com a janela aberta para ser reconhecido por todo mundo. Quem é artista passa a vida inteira construindo uma carreira sem se preocupar em aparecer e, bem velhinho, olha para trás e sente orgulho.

Filho de um casal de atores que participou da fundação do teatro Tablado, no Jardim Botânico (zona sul do Rio) --Emílio e Zélia de Mattos--, ele cresceu entre artistas. Nasci no teatro e aprendi a conviver com o sucesso e o fracasso, diz o ator.
 





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/82943/visualizar/