Na TV, Dilma pede explicação a Serra; tucano acusa petista de abandonar obras

Os candidatos à Presidência da República utilizaram imagens do debate de ontem da TV Record em suas propagandas eleitorais na TV desta terça-feira para defender propostas e proferir críticas.

A propaganda de Dilma Rousseff (PT) perdeu um minuto para uma inserção da campanha de José Serra (PSDB), concedida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que acusa a propaganda da petista de mentir "citando Paulo Preto, ao dizer que a campanha de Serra teve financiamento irregular".

Com larga vantagem sobre Serra nas intenções de votos do nordeste, a propaganda da petista exibe imagens do debate em que defende que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foi responsável pelo crescimento da região.

"Não adianta candidato, o senhor não conhece o nordeste."

Além de afirmar que Paulo Preto --ex-diretor de Engenharia da Dersa-- foi preso por receptação de jóia, a propaganda ainda pede que Serra explique a matéria publicada na Folha de hoje, que afirma que o resultado da licitação do metrô de São Paulo já era conhecido há seis meses atrás.

Rebatendo as acusações de Serra que defende que Dilma entregou concessões do pré-sal para empresa privadas, a petista afirma que "as regras que permitem a exploração do pré-sal por empresas privadas foi feito pelo governo tucano".

PSDB

A apresentadora do programa de Serra defende que "Dilma enrolou" no debate.

A propaganda acusa Dilma de abandonar o projeto de biodiesel e a transposição do rio São Francisco. O tucano ainda chama o PAC de "lista de obras".

Serra ainda desferiu ataques ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), afirmando discordar do repasse de dinheiro do governo para os sem terra. "Não só só invasões, são destruições", afirma o candidato se referindo às ações do movimento.

O tucano volta a acusar a adversária de entregar 108 concessões para empresas privadas, nacionais e estrangeiras, defendendo que "o que ela mais fez foi privatizar o petróleo".

Além de prometer o desmatamento zero na Amazônia, Serra propõe a criação do ministério da Segurança Nacional, para "tomar conta das fronteiras que estão soltas, frouxas".