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Saúde
Quarta - 29 de Dezembro de 2010 às 13:07

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A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) realiza, de 24 a 31 de janeiro de 2011, a “Semana de Avaliação de Contados de Hanseníase”. A semana é parte das atividades que marcam o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, que acontece no dia 31/01.

O coordenador estadual do Programa de Controle da Hanseníase da SES/MT, Cícero Fraga de Melo, informou que, nesse período, “estaremos efetivando ações de sensibilização voltadas ao controle da Hanseníase em nosso Estado, dentre elas a realização do II Encontro de Pacientes e Ex-pacientes de Hanseníase de MT, em Cuiabá. Durante a semana teremos jograis (tipo de coral falado, ou canto gregoriano, em que uma pessoa, ou grupo de pessoas, declama um texto sobre um assunto, no caso a Hanseníase), palestras, mesas redondas e teatro sobre o tema”.

Segundo dados da Vigilância Epidemiológica da SES/MT Mato Grosso está em 1º lugar entre os Estados na detecção de casos de hanseníase e somente no ano de 2009 notificou 2.686 casos novos da doença. O coeficiente de cura, no Estado, é de 82.6% o que coloca Mato Grosso numa situação regular frente à meta do Ministério da Saúde (MS), que é de 84% de cura do total de casos.

Cícero Fraga disse que “em 2011 o tema do Dia Mundial é: ‘Hanseníase – Você pode ser um contato’. Contatos de hanseníase são todas as pessoas que convivem no mesmo domicílio com alguém que teve ou tem a doença. Quando o Estado recebe a notificação de um caso novo faz o exame de contato, ou seja, examina todos os que convivem com alguém que tem ou teve a doença para ver se estão ou não infectados”.

O exame de contatos é uma atividade importante e necessária para identificar e tratar precocemente novos casos de hanseníase no Estado. Segundo Cícero Fraga em 2009, para 2.686 casos novos notificados foram registrados 8.421 contatos. Desse número foi realizado exame de contato em 66.8%, ou seja, 5.628 pessoas. A meta do Ministério da Saúde é que 80% dos contatos encontrados em casos novos sejam examinados.

O QUE É HANSENÍASE - A hanseníase é uma doença causada por uma bactéria, a micobacterium leprae. É propagada quando uma pessoa portadora da doença, sem tratamento, fala, tosse, espirra ou mesmo respira próximo a alguém que não tem ainda a doença. Para que ocorra o contágio é necessário morar no mesmo domicílio do transmissor ou ter contato de forma íntima. (O contato sexual não transmite a doença).

Cícero Fraga ressaltou que essa propagação só acontece quando a pessoa não está em tratamento. Assim que ela entra em tratamento passa a não mais transmitir a hanseníase.

Alguns fatores, como o uso de água tratada, saneamento básico, condições dignas de moradia podem diminuir a ocorrência da doença. A migração elevada e as grandes periferias urbanas, onde a qualidade de vida é baixa, são fatores que podem facilitar a disseminação da hanseníase, mas não são as causas fundamentais de sua propagação.

Atualmente a contaminação por Hanseníase é creditada a uma fraqueza do sistema imunológico do seu portador e a exposição com pessoa sem tratamento. A principal característica da doença é o surgimento de manchas com alteração de sensibilidade, dormências nos braços e pernas, formigamentos, dor e a inflamação de terminações nervosas.

Os principais sintomas da hanseníase são a sensibilidade alterada, especialmente para quente e frio, mesmo sem estar associada a uma mancha, o aparecimento de manchas esbranquiçadas e avermelhadas, que também são insensíveis ao toque, e a perda completa do tato em áreas do corpo. A hanseníase ataca a pele e os nervos, principalmente dos braços pernas e face.

O tratamento é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e oferecido aos usuários em qualquer Unidade Básica de Saúde de forma inteiramente gratuita, podendo durar de 6 a 12 meses. Com informações da assessoria.






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