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Esportes
Sexta - 14 de Janeiro de 2011 às 13:14

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O maior artilheiro da história do Flamengo, com 508 gols em 731 jogos, colecionando 9 títulos como treinador de futebol e mais de 60 títulos como jogador, Zico confirmou visita a Cuiabá em fevereiro de 2011. O astro do esporte conduz palestra no dia 17 de fevereiro, no Cenarium Rural. Os organizadores estão articulando a visita de Zico à Arena Pantanal, no bairro Verdão.

Zico deixou sua marca 333 vezes no Maracanã, um recorde que ainda não foi quebrado por nenhum outro jogador. Conquistou a Itália nas duas temporadas em que jogou pela Udinese. No Japão, tem a admiração de um povo que não se cansa de homenageá-lo pelo que ele fez no futebol da Terra do Sol Nascente.

Em Cuiaba, Zico vai contar histórias da carreira de treinador e ex-jogador do Flamengo, além de tirar dúvidas sobre o mundo do esporte e o mundo dos negócios. O evento, uma realização Gina Defanti, produção Mário Zeferino, e apoio do Governo do Estado e Agecopa, permitirá grande interação entre os participantes e Zico. Um dos pontos a ser abordado é a individualização em todas as áreas, que alcança o esporte.

“A vida do ser humano em geral está muito individualizada. No futebol profissional, isto leva a um isolamento. Não se conversa mais, é cada um com seu celular, laptop, quase não existe um laço de amizade. Antigamente, jogadores de uma mesma equipe eram mais ligados, tinha conversa, churrasco, os problemas eram discutidos, as famílias se conheciam. Esta é uma diferença brutal entre a minha época e a atual”, explicou Zico.

Sobre o trabalho como treinador, Zico declarou que o maior mérito de quem comanda uma equipe é conseguir tirar dos jogadores o que eles têm de melhor. E destacou três pontos para um jogador de futebol bem sucedido, entre outros: treinamento, alimentação e descanso. “Além disso, dedicação e respeito ao adversário são fundamentais a um profissional, que deve se preocupar principalmente em focar na sua torcida”, pontua o craque.

Biografia - Arthur Antunes Coimbra nasceu em março de 1953, no subúrbio de Quintino Bocaiúva, zona norte do Rio de Janeiro. O caçula dos seis filhos do imigrante português de Tondela, José Antunes Coimbra, com a carioca da gema, Matilde da Silva Coimbra. O pai, fervoroso torcedor do Flamengo, foi goleiro amador na juventude. Trabalhou em padaria, mas já estava dedicado ao ofício de alfaiate no terceiro ano da década de 50. Já dona Matilde, a Tidinha, era a responsável por organizar o time da casa. Pela ordem, a família Coimbra já contava com Maria José (Zezé), José Antunes (Zeca), Fernando (Nando), Eduardo (Edu) e Antônio (Tunico).

As quatro letras que marcaram o futebol mundial, Z-I-C-O, entraram na vida de Arthur ainda na infância. Franzino, não foi difícil Arthur virar Arthurzinho e depois Arthurzico. Até que uma prima reduziu carinhosamente para Zico. O outro apelido, o de Galinho de Quintino, foi dado anos depois pelo radialista Waldyr Amaral, que se inspirou no jeito de andar do craque.

Zico brincava na rua e fazia pequenos bicos na feira para poder comprar figurinhas e pão de mel. Assim como o talento com a bola, a perspicácia para os negócios também se manifestou em Zico ainda menino. Não é mera coincidência que na pré-adolescência o Galinho tenha recebido o apelido de ‘’Tio Patinhas’’, por preservar muito bem suas economias num cofrinho a exemplo do que faz o personagem de Walt Disney. Organização também era uma de suas marcas. Basta lembrar que Zico anotou todos os seus jogos e gols ao longo da carreira, produzindo material estatístico e histórico raro.

As características de um empreendedor sempre estiveram presentes no comportamento do craque. Com chuteiras penduradas, aos poucos essa aptidão foi se revelando. O resultado são cinco empresas em que é o sócio majoritário: os clubes CFZ do Rio e o de Brasília; a Zico Participações; a boutique UDIFLA e a Lanchonete CFZ. Isso sem contar as incursões do Galinho pela política e por cargos de direção no futebol japonês.

Quando se despediu oficialmente do futebol como jogador, em 1994, outras portas estavam abertas. O primeiro passo foi dado em março de 1990, quando assumiu a Secretaria Nacional de Esportes. Foi o primeiro na função com status de ministro. Em maio de 1991 partiu para o Japão, com a camisa do Sumitomo/Kashima. Com o talento apurado, transformou o futebol numa febre que passou a movimentar economicamente o país, de projetos para construção de estádios, marketing e até a organização de competições. Depois de aposentar-se de vez nos campos, assumiu como coordenador-técnico do Kashima Antlers e diretor-técnico, ganhando quatro títulos nacionais. Em 1996, voltou a morar no Brasil. Nos anos que antecederam a última Copa do Mundo, realizada no Japão e na Coréia do Sul, Zico auxiliou informalmente os japoneses na organização do Mundial.






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