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Agronegócios
Domingo - 16 de Janeiro de 2011 às 18:29
Por: Vera Ondei

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A oferta de pastagens para alugar caiu bastante em todo o Centro-Oeste e os preços já subiram pelo menos 20% neste início de 2011. Ricardo César dos Passos, veterinário e diretor da Cria Fértil, empresa de consultoria com sede em Goiânia (GO)  diz que na região de Ribeirão Cascalheira, importante pólo de cria no Mato Grosso (Vale do Araguaia), o aluguel tendo como base vaca parida é de R$ 12,00 por hectare/mês, 20% acima do preço médio da região, que é de R$ 10.

"Mesmo assim não há disponibilidade, não dá para socorrer todo mundo. Já tem gente pedindo até R$ 15,00 por hectare", salienta. Segundo o veterinário, a solução para parte dos criadores que não dispõem de pastagens ou de caixa para cobrir o aluguel seria vender os animais. "Mas aí enfrentam outro problema. Como a maioria não têm pasto disponível não há comprador para atender essa oferta. Esta semana um cliente nosso comprou vaca parida por R$ 1.100,00 e vaca solteira por R$ 850,00.

A forte seca que assolou a pecuária em 2010 vai prejudicar muito a safra de bezerros de 2012, pois estima-se uma quantidade de vacas prenhes inferior à projeta anteriormente. A expectativa de queda é de 20% na safra, segundo alguns especialistas que se arriscaram a dar prognósticos.

Os pecuarista da região do  Vale do Arinos, em Mato Grosso, por outro lado, se dizem satisfeitos com a alta no preço da arroba bovina,  que oscilou muito durante muito tempo e hoje está com bons preços, na casa dos R$ 90,00. Além da valorização, o rebanho bovino de Juara vem aumentando a cada ano e hoje passa das 945 mil cabeças. Segundo o empresário Paulo Mano, a valorização dá capacidade de todos reformarem suas pastagens e investirem em suas propriedades.

Ele acredita que o atual preço se reflete devido ao abate grande de matrizes nos anos anteriores e a falta de pasto. Juara já foi considerada com os melhores pastos e hoje passa dificuldades, por isso a falta de gado e o preço elevado.

Paulo Mano salienta que a intenção não que o consumidor não consiga comer carne devido ao preço elevado, na verdade é que todos os setores e a cadeia ganhe e que o valor ao consumidor consuma sua carne com um preço razoável.

O pecuarista fala ainda do mercado onde antigamente os frigoríficos queriam massacrar o pecuarista, todos sabem que o preço está bom Ee segundo ele quem tem gado está abatendo devido à falta de pasto. Ele acredita que o preço da arroba bovina deve se manter nos R$ 90,00, beneficiando toda a pecuária. "As pastagens vão se degradando mais rápido do que o pecuarista consegue reformar e isso prejudica" - frisou.


Com informações complementares da Rádio Tucunaré, de Juara





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