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Agronegócios
Sexta - 21 de Janeiro de 2011 às 19:30

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A proliferação da ferrugem asiática nas lavouras de soja matogrossense pode ser maior do que os quatro casos confirmados até o momento. O alerta é da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). "Até dezembro não presenciamos chuvas no Estado, mas agora em janeiro as precipitações aumentaram bastante", alerta o presidente da entidade, Glauber Silveira, ao pedir para que os produtores não baixem a guarda no monitoramento da doença.

No município de Sorriso, onde estão os quatro casos de ferrugem constatados até o momento, as chuvas alcançaram uma média de 227 milímetros (mm) nos primeiros 20 dias de janeiro, um volume que já ultrapassou os 215 mm registados em todo o mês de janeiro de 2010. Os dados são da Somar Meteorologia, divulgados na quinta-feira (20).

A maior frequência das chuvas em janeiro e a fase de florescimento da planta formam uma combinação que proporciona o desenvolvimento e a proliferação rápida da ferrugem. "O produtor tem que ficar atento, fazer o monitoramento constante da lavoura e se necessário fazer aplicação adicional para não deixar que a doença se alastre tanto na própria lavoura quanto na do seu vizinho. Essa questão tem que ser levada muito a sério porque poderá acarretar em sérios prejuízos", alerta Glauber.

Do dia 6 de dezembro de 2009 até sexta-feira (21), os minilaboratórios do Projeto Antiferrugem da Aprosoja, que já está no quarto ano, receberam 507 amostras das folhas com suspeita de ferrugem. Os minilaboratórios estão instalados em 16 municípios onde a entidade possui Núcleos. Os locais também estão preparados para receber amostras com suspeitas de outros tipos de doenças e pragas.

Nesta safra, o primeiro registro da doença ocorreu dois meses depois do primeiro caso registrado na safra 2009/2010. O cumprimento do período do Vazio Sanitário, de 15 de junho a 16 de setembro, foi um dos motivos que levaram à chegada da ferrugem mais tarde em Mato Grosso. Outro fator foi a estiagem prolongada, que prorrogou o início do plantio. Mas as previsões são de chuvas constantes nos meses de janeiro e fevereiro.

"Sabemos que a ferrugem asiática preocupa os sojicultores devido aos grandes prejuízos causados por esta doença. Nesta quarta safra do projeto, estamos com a entidade, oferecendo ainda mais tecnologia na identificação de doenças na lavoura. A Basf disponibilizou sua tecnologia conhecida como Digilab para aprimorar, acelerar e tornar o diagnóstico das doenças no campo ainda mais preciso e assertivo. Com lupas digitais de aumento de 200 vezes, banco de imagens com várias doenças catalogadas e a possibilidade de interação on-line entre os técnicos da Aprosoja, da Basf e pesquisadores, acreditamos que poderemos juntos, ajudar ainda mais o agricultor a se prevenir contra doenças que possam causar danos à sua lavoura", afirma o vice-presidente da Unidade de Proteção de Cultivos da Basf para o Brasil, Maurício Russomanno.





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