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Economia
Quinta - 27 de Janeiro de 2011 às 15:55

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A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra desvalorização na jornada desta quinta-feira, mais uma vez descolada dos demais mercados, que operam com ganhos modestos. Se ontem a Bolsa brasileira foi assombrada pela alta inesperada do índice de preços IPCA-15, hoje é a avaliação do Banco Central, de que a inflação deve seguir pressionada neste ano, o fator que destimula o apetite por risco entre os investidores.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, recua 0,97%, aos 68.041 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,60 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, tem leve alta de 0,09%.

O dólar comercial é cotado por R$ 1,678, em um avanço de 0,41%. A taxa de risco-país marca 167 pontos, número 3,08% acima da pontuação anterior.

O Banco Central já realizou hoje um leilão de "swap" cambial reverso (contrato que equivale a uma operação de compra no mercado futuro), além de um leilão para compra de dólares no mercado à vista.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA informou que os pedidos de bens duráveis ao setor manufatureiro tiveram um contração de 2,5% em dezembro, ante projeções de um incremento de 1,5% (consenso em Wall Street). Já o Departamento do Trabalho reportou que o total de pedidos iniciais de seguro-desemprego atingiu a cifra de 454 mil até a semana passada, número bem acima das projeções do setor financeiro (410 mil).

A agência Standard&Poors rebaixou a nota de risco do Japão de "AA" para "AA-", ainda no topo da classificação "grau de investimento", restrita para países (ou empresas) com chances mínimas de calote. A S&P apontou o crescente deficit público do país. No mesmo dia, o governo japonês reportou um forte superavit comercial (US$ 8,78 bilhões) em dezembro, com uma expansão de 13% do volume exportado, o que reforçou a percepção de que a economia japonesa deva sair da estagnação em breve.

No front doméstico, o IBGE apontou uma taxa de desemprego de 5,3% em dezembro, a menor taxa desde o início da série histórica (2002). Na média anual, a taxa ficou em 6,7%, também na mais baixa variação da pesquisa do instituto.

O Banco Central mostrou preocupação com as pressões inflacionárias para este ano, ressaltando que "o conjunto de informações disponíveis sugere que a aceleração de preços observada em 2010, processo liderado pelos preços livres, pode mostrar alguma persistência, em parte porque a inflação dos serviços segue em patamar elevado".

A avaliação faz parte da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), relativa à reunião da semana passada, quando a taxa básica de juros do país foi ajustada de 10,75% ao ano para 11,25%.

EMPRESAS

A Procter & Gamble, maior fabricante mundial de bens de consumo, anunciou um lucro líquido de US$ 3,33 bilhões para o exercício de 2010, ou US$ 1,11 por ação, ante US$ 4,66 bilhões, ou US$ 1,49 por ação, no ano passado. Economistas do setor financeiro projetavam um ganho de US$ 1,10 por ação.

E a gigante do setor de entretenimento e comunicações, a Time Warner, revelou um lucro líquido de US$ 392 milhões, ou US$ 1,09 por ação, para o quarto trimestre. Um ano antes, a companhia havia registrado um ganho de US$ 322 milhões, ou US$ 0,91 por ação. Analistas de Wall Street estimavam um lucro de US$ 1,01 por ação.

Já a Colgate-Palmolive (produtos de higiene pessoal) comunicou que seu lucro líquido atingiu US$ 624 milhões no último trimestre do ano passado, ou US$ 1,24 por ação, abaixo dos US$ 631 milhões, ou US$ 1,21 por ação, apurados no exercício de 2009, nos últimos três meses. Economistas do setor financeiro previam um ganho de US$ 1,23 por ação para o período. 
 
 






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