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Economia
Quarta - 02 de Fevereiro de 2011 às 16:09

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O crescimento do país em 2010 beneficiou os catadores de material reciclável. No ano, o preço da lata de alumínio, um dos descartes mais rentáveis da indústria da reciclagem, aumentou quase 20%. Apesar disso, o valor do produto ainda não recuperou o patamar alcançado no período pré-crise econômica de 2008.

Segundo boletins da Abal (Associação Brasileira do Alumínio), o quilo de latas de alumínio prensadas era vendido a R$ 2,73 na primeira quinzena de janeiro de 2010. Um ano depois, o quilo das latinhas subiu para R$ 3,25. O valor, entretanto, ainda é 6% menor do que a cotação em 2008, que, segundo a Abal, chegou a R$ 3,47.

Só no ano passado, segundo a Abal, foram recicladas 200 mil toneladas de latas de alumínio. Isso representa 98% do total de latas vendidas no mercado nacional, o que faz do Brasil um dos campeões mundiais de reaproveitamento de alumínio.

Apesar da melhora nos preços verificada no ano passado, os catadores de material reciclável ainda esperam que os preços voltem aos níveis de 2008. "Melhorou de lá pra cá, mas ainda não voltou a ser o que era", disse Sérgio da Silva Santos, coordenador financeiro da Coopere Centro, uma cooperativa de catadores de São Paulo.

Ele disse que a alta também foi acompanhada pelo aumento dos preços de outros materiais recicláveis, como papelão e papel. Santos disse, porém, que a alta ainda não compensou a queda dos preços ocorrida dois anos atrás. "Tivemos que dobrar nossa produção para manter os ganhos de cerca de R$ 800 por mês", afirmou. "Agora está melhorando, mas ainda não é como antes."

O coordenador da comissão de reciclagem da Abal, Henio de Nicola, disse que, no caso das latas, a parte dos intermediários chega a 20%. Mesmo assim, ele afirmou que a reciclagem de alumínio continua sendo a atividade mais rentável para os catadores do país.






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