Bovespa atinge menor nível desde agosto; dólar bate R$ 1,67

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) retrocede para os seus patamares de preços mais baixos desde agosto do ano passado, na sequência de indicadores decepcionantes já divulgados nos EUA. As Bolsas americanas também operam no campo negativo, enquanto os mercados europeus ainda sustentam ganhos moderados.

O Departamento de Trabalho americano revelou um cenário misto: enquanto a taxa de desemprego recuou para 9%, abaixo das expectativas (9,5%), a geração de vagas foi bem decepcionante --apenas 36 mil (saldo entre contratações e demissões)-- enquanto economistas do setor financeiro projetavam entre 140 mil e 150 mil.

A aparente disparidade entre a evolução das taxa de desemprego e a criação de postos de trabalho se deve à diferença de metodologias no cálculos desses dois indicadores.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, perde 1,76%, aos 65.589 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,35 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, cede 0,06%. A Bolsa de Londres sobe 0,41%.

O dólar comercial é negociado por R$ 1,675, em alta de 0,29%. A taxa de risco-país marca 157 pontos, número 3,68% abaixo da pontuação anterior.

O Banco Central já realizou seu primeiro leilão para compra de moeda, aceitando ofertas por R$ 1,6710 (taxa de corte). A autoridade monetária não informa, imediatamente, a quantia adquirida.

Entre as outras notícias importantes do dia, o Banco da Espanha reportou que o PIB (Produto Interno Bruto) do país encolheu 0,1% em 2010. O próprio governo espanhol projetava uma queda muito maior, de 0,3%.

Autoridades francesas e da FAO (das Nações Unidas) advertiram para o risco de motins, por conta da recente alta nos preços dos alimentos. Ontem, o organismo das Nações Unidas comunicou que seu índice de preços (que reflete o custo desses produtos) havia atingido seu ponto mais alto desde o início da série histórica, em 1990.