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Economia
Terça - 15 de Fevereiro de 2011 às 17:57

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O mercado brasileiro de ações se sustentou em terreno positivo na maior parte da sessão desta terça-feira, na contramão dos mercados americanas. Mas perto do encerramento dos negócios, a forte desvalorização das ações da BM&FBovespa (o papel da administradora da Bolsa) contribuiu para derrubar o índice Ibovespa.
A ação ordinária dessa empresa sofreu perdas de 4,74%, com um volume de R$ 277 milhões (o terceiro maior giro do mercado). A americana BATS Global Markets anunciou hoje a intenção de abrir um espaço concorrente para a Bovespa, em uma associação com a Claritas, uma gestora de recursos brasileira.

O comunicado oficial não trouxe maiores detalhes sobre prazos nem a dimensão dessa iniciativa, mas foi suficiente para derrubar os papéis da administradora da Bolsa. "A ação da BM&FBovespa tem um peso muito grande no índice. Creio que se você tirar esse papel, a Bolsa deve ter fechado até em alta hoje", comenta Luiz Gustavo Medina, economista da M2 Investimentos.

Outros papéis também pesaram na queda do Ibovespa: as ações da Vale, que ontem puxaram a recuperação da Bolsa, cederam quase 1%, no caso das preferenciais, tendo um volume de R$ 771 milhões.

Dessa forma, o índice Ibovesp, que reflete os preços das ações mais negociadas, retrocedeu 0,32% no fechamento, aos 66.341 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,48 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, cai 0,42%, pouco antes do fim das operações.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,670, em leve alta de 0,05%. A taxa de risco-país marca 178 pontos, número 1,13% acima da pontuação anterior.

Entre as primeiras notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA reportou um aumento de apenas 0,3% das vendas do setor varejista em janeiro, na comparação com dezembro do ano passado. O indicador ficou um pouco abaixo das expectativas do mercado financeiro que esperava alta de 0,5%.

O instituto europeu de estatísticas Eurostat informou que o superavit comercial dos países vinculados à zona do euro encolheu entre 2009 e 2010 -- para 700 milhões de euros (US$ 946,61 milhões). Enquanto as exportações cresceram 20%, as importações aumentaram 22% nesse período. Em 2009, o saldo comercial foi de 16,6 bilhões de euros (US$ 22,45 bilhões).

E o governo chinês anunciou uma taxa de inflação de 4,9% em janeiro, abaixo das expectativas do setor financeiro, onde havia um consenso em torno de 5,3%. Preocupadas com a alta dos preços, as autoridades chinesas já adotaram várias medidas para conter o aquecimento da economia. Embora o número de hoje tenha sido menor que o previsto, não modificou um cenário de aperto monetário no gigante asiático, do ponto de vista de economistas do setor financeiro.

No front doméstico, o IBGE apontou que as vendas do setor varejista expandiram 10,9% em 2010, a maior taxa de crescimento anual desde 2001, início da série histórica do instituto.
 






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