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Sexta - 04 de Março de 2011 às 09:33
Por: Alexandre Alves

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Olhar Direto

O Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso, após receber relatórios do Conselho de Disciplina da corporação, demitiu e expulsou mais dois policiais das fileiras da PM – um sob acusação de assassinato e outro de receber R$ 300 para liberar uma moto roubada que estava no pátio do quartel. As demissões foram publicadas no Diário Oficial do Estado.

O soldado Luiz Antônio da Silva Pereira foi mandado embora da polícia porque, segundo as investigações, teve participação no assassinato de Deivison Rosalino de Siqueira Silva, em 11 de maio de 2000, próximo a “ponte de ferro”, em Cuiabá. De acordo com o relatório do conselho disciplinar, ele só foi delatado por outro policial, o soldado Oenderson Perez da Silva, após sete anos do crime.

Luiz Antônio, Oenderson e o PM Jânio Albino de Carvalho (já falecido) prenderam Deivison e Carlos Rosa de Souza e os levaram para o 3º Batalhão de Polícia Militar do Jardim Umuarama, na capital. Depois, os três soldados levaram os detidos até a ponte de ferro. Lá, retiraram as algemas e mandaram eles correr, atirando nas costas. Deivison foi morto no local, mas Carlos conseguiu fugir pelo mato, já que o tiro acertou uma perna.

Então Carlos registrou boletim de ocorrência. Naquela ocasião, Luiz Antônio não foi reconhecido pelo sobrevivente e somente Oenderson e Jânio Albino foram considerados culpados. Porém, em 2007, Oenderson resolveu delatar o amigo e, certo dia, fez uma gravação de conversa entre os dois, em que Luis assumia participação no homicídio. Oenderson também gravou conversa com Jânio, em que este confirmava a participação de Luis no crime.

Então Oenderson entregou Luiz Antônio, sob o benefício do Programa de Proteção a Testemunhas. O processo administrativo na PM foi instaurado em 2008, culminando, ontem, com a demissão de Luis.

Outro demitido das fileiras foi o soldado Renzo de Amorim Firme, sob acusação de receber R$ 300 para liberar a motocicleta Honda CG, Titan 150, cor preta, placa JUS 9386, do pátio da PM de Vila Rica, no norte da região Araguaia, em outubro de 2007. A moto havia sido roubada no Estado do Pará e foi apreendida em Vila Rica.

Como recebeu dinheiro para liberar a motocicleta, Renzo foi preso e encaminhado para o Presídio Militar de Santo Antônio de Leverger. O soldado também responde a ação penal que tramita na 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar Estadual.

Com os dois desta semana, já são 20, este ano, os excluídos da Polícia Militar de Mato Grosso.






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