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Agronegócios
Segunda - 04 de Abril de 2011 às 20:29
Por: Julia Munhoz

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O presidente da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira da Silva, disse em entrevista ao Olhar Direto que não vê como vantagem a proposta apresentada pelas estatais chinesas ao estado de Goiás e defende que a mesma ‘parceria’ não traria grandes benefícios aos produtores mato-grossenses.

O objetivo dos chineses é acabar com as intermediações das multinacionais norte-americanas que atuam no setor e manter relações diretas como Mato Grosso e outros cincos estados brasileiros com investimentos que ultrapassam os R$ 16 bilhões.

Glauber explica que ainda estão sendo realizados estudos para se avaliar como seria feita a parceria com as estatais chinesas, porém ele adianta que se as propostas forem semelhantes às feitas para Goiás, que receberá investimento na ordem de R$ 12,2 bilhões, mas em maquinários, não haverá nenhuma vantagem para Mato Grosso, atualmente o maior produtor de soja do Brasil.

“Particularmente eu não concordo, pois eles (chineses) querem que mandemos soja e eles nos enviam máquinas. Precisamos de investimentos em infraestrutura”, declarou o presidente da Aprosoja.

A China, maior comprador de soja do mundo, também está em negociação com Bahia, Santa Catarina, Goiás, Rio Grande do Sul e Tocantins, para aumentar a presença na cadeia produtiva a partir do Brasil e o território mato-grossense terá papel fundamental nesta expansão.

O montante a ser investido em Goiás será destinados à recuperação de áreas degradadas, compra de 6 mil toneladas por ano e na melhoria da infraestrutura de escoamento do grão. Na Bahia, onde o acordo também já foi selado o acordo serão designados R$ 4 bilhões na compra de soja e na instalação de indústrias de beneficiamento, segundo informou o jornal Folha de São Paulo.






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