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Política
Quinta - 14 de Abril de 2011 às 16:07
Por: Welington Sabino

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Antes tarde do que nunca. Assim, classificou a presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos da Saúde e Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma/MT), Aparecida Silva Rodrigues, sobre o encontro que tiveram durante a manhã desta quinta-feira (14) com o secretário de saúde, Pedro Henry (PP). “Ele fez agora, o que deveria ter feito logo no começo de sua gestão, reunir os servidores e ouvir suas reivindicações e propostas para encontrarmos juntos uma forma de tirar a saúde do caos que ela se encontra hoje”, afirmou.

Cerca de 400 servidores participaram do encontro no Salão Nobre Secretário Cloves Vettorato e expuseram seus anseios. A hierarquia no comando da pasta, ou seja o setor de recursos humanos considerado o coração do sistema de saúde, que está doente há muito tempo, foi o principal assunto que norteou as discussões. A queixa da categoria é que pessoas que não são de carreira e sem preparo técnico estão assumindo cargos de gerência, por indicações políticas, isso desde a antiga gestão. “Queremos que este setor seja administrado pelo pessoal de carreira, e o secretário assumiu o comando e não modificou a gerência”, afirma Aparecida. Condições de trabalho, a precarização do ambiente e falta de estrutura também foram temas colocados em pauta pelos servidores.

Ficou estabelecido que a cada 30 dias ou mais novas reuniões serão realizadas junto aos servidores na exposição das intenções do Governo para a gestão da saúde pública de Mato Grosso. “A gente espera que isso (promessas) seja concretizado. O secretário afirmou que quer acertar e promete lisura sem esconder nada, pois pretende montar a equipe com servidores da saúde para avaliar e fiscalizar todos os contratos que for celebrado em sua gestão. E nós estamos à disposição”, garante Cida.

No encontro, Hery inicialmente fez um relato da realidade do funcionamento da rede de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado no item assistência médico- hospitalar, que está precária, sendo um dos pontos de maior reclamação dos usuários, com apontamento em pesquisas. Defendeu que a atual gestão irá atuar de forma incisiva na mudança do modelo, cuja modalidade já foi definida pelo Governo do Estado, que é a parceria com Organizações Sociais de Saúde(OSS).

Isso apesar das polêmicas e controversas que o assunto tem gerado entre a sociedade e alguns parlamentares contrários à ideia. Em duas audiências realizadas sobre o assunto, houve tumulto e confusão. Na primeira, em março, Lousite Ferreira da Silva, membro do Conselho Estadual de Saúde, sofreu infarto fulminante no final da audiência pública na Assembleia Legislativa e audiência foi suspensa. No outro encontro, no início deste mês, quando a gestão das OSS foi aprovada por 13 votos a 12, houve quebra-quebra com direito a tapa na cara de manifestante. Henry, saiu pelas portas do fundo escoltado pela polícia, do hotel onde ocorreu a audiência no início deste mês. Mas venceu e comemorou.

“ O que queremos é avançar, superar os obstáculos e manter o rumo, não podemos mais fingir que está tudo bem, porque não está. O que precisamos é unir conhecimentos e buscar soluções. O que faço aqui hoje é um convite a todos na integração das novas diretrizes da gestão”, disse o secretário no encontro de hoje ao garantir que a mudança da gestão do SUS de Mato Grosso vai ocorrer e já iniciou o processo. “E vamos produzir resultados concretos e perceptíveis para a população. Ao final teremos um Sistema Único de Saúde hierarquizado, integrado e de resultados”, afirmou Henry.

 




Fonte: A Gazeta

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