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Copa do Mundo 2014
Quinta - 14 de Abril de 2011 às 18:14

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Tema recorrente na atualidade, as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014 e para os Jogos Olímpicos, principalmente aquelas consideradas vitais para suportar o aumento dos fluxos de deslocamento de turistas brasileiros e estrangeiros, chamam a atenção pela morosidade. Mesmo com os investimentos anunciados no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), especialistas consideram que o prazo para a conclusão de ampliações, reformas de portos, aeroportos e metrôs e a implantação de sistemas multimodais de transporte é inviável para que tudo esteja pronto no tempo necessário.

Com relação aos aeroportos, a questão assume tons ainda mais sérios já que a infraestrutura aeroportuária brasileira dá sinais de estar colapsando apenas com o aumento do volume de passageiros registrado nos últimos dois anos.

Mas qual a solução para isso? O diretor de Desenvolvimento, professor e pesquisador da Fundação Dom Cabral nas áreas de logística, cadeia de valor, supply chain e planejamento de transporte, professor Paulo Tarso Vilela de Resende, aponta uma: investir em terminais temporários nos aeroportos. O conceito desse tipo de modal é baseado em uma estrutura modular que não se integra no sistema do aeroporto. "Monta-se e desmonta-se o terminal, daí o nome temporário, de forma modular, sem qualquer outra possibilidade de exploração comercial como um terminal permanente que seja parte integrante do sistema aeroportuário", explica.

Resende acredita que pode esse tipo de empreendimento pode alavancar a realização de qualquer evento, seja a Copa do Mundo e Olimpíada, por meio da integração com o sistema portuário formando, assim, um complexo multimodal. "Essa multimodalidade é importante pois cria um portfólio diverso e capaz de grande integração com os movimentos portuários. Acredito dado o tempo escasso que temos para pensar em aeroportos novos, principalmente no Rio de Janeiro, a integração seria interessante com o porto e também com a reestruturação do centro histórico da cidade", afirma o professor.

Ele também é crítico em relação a forma como o País vem conduzindo os preparativos para os eventos esportivos e cita como exemplo as duas últimas sedes da Copa do Mundo. "Na Alemanha o legado das obras é incontestável e na África do Sul o legado é baixo, como temo que teremos no Brasil, pois obras que deixam um grande legado são obras de longo prazo que o Brasil não está realizando".

Paulo Tarso Vilela de Resende vai abordar este tema no Painel "Construção & Ampliação de Aeroportos - Grandes Eventos", que faz parte do 1º Seminário Internacional de Infraestrutura Aeroportuária da América Latina, uma série de debates que acontece simultaneamente à Airport Infra Expo, primeiro evento especialmente voltado para a cadeia de produtos e serviços destinados à operação aeroportuária. A feira reunirá mais de 100 empresas de 18 diferentes países e acontece entre os dias 26 e 28 de abril, das 12 às 20 horas, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP).

O seminário está dividido em dois grandes temas abrangendo questões conjunturais e de mercado, com foco nos aspectos mais emergências da realidade do setor no Brasil. Confira a programação completa no site do evento, em www.airpotinfraexpo.com.br.

Sobre a Sator
A AIRPORT INFRA EXPO é uma iniciativa da Sator, empresa de comunicação e eventos que tem a missão de oferecer soluções empreendedoras, conscientes e transformadoras para organizações e pessoas comprometidas com atitudes que garantam o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e socioambiental. A empresa conta com uma ampla experiência na organização de eventos de aviação como a Labace - Latin American Business Aviation Conference & Exhibition (entre 2007 e 2010), a Feira Nacional de aviação civil (desde 2008) e o Broa Fly-in (2006 a 2008).






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