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Política
Sexta - 15 de Abril de 2011 às 14:57

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A promotoria criminal do Ministério Público do Rio Grande do Sul vai investigar a denúncia feita pela Arquidiocese de Porto Alegre sobre um golpe de R$ 2,5 milhões que teria sido aplicado pelo ex-vice-cônsul de Portugal na capital gaúcha Adelino DAssunção Nobre de Melo Vera Cruz Pinto. Para o advogado Luciano Feldens, que representa a arquidiocese, foi um crime praticado "com a insígnia do governo português".

O golpe teria sido aplicado quando o ex-vice-cônsul manifestou o interesse do governo de Portugal em financiar a revitalização de três igrejas, que teriam marco de cultura portuguesa, em um projeto de R$ 14 milhões. Representantes da arquidiocese foram a Portugal, onde se reuniram com o ex-vice cônsul e com a representante de uma ONG belga, que seria a responsável por intermediar o repasse dos recursos.

O ex-vice-cônsul e a representante da ONG pediram um cheque caução de R$ 2,5 milhões para liberação dos recursos. O dinheiro foi depositado na conta do diplomata, no entanto, na data marcada, o recurso prometido não foi repassado e Adelino não foi mais encontrado.

De acordo com o advogado da arquidiocese, o ex-vice-cônsul apresentou usou um documento do governo português na transação. "Foi assinada uma escritura pública, onde o cônsul assinou como representante de Portugal se comprometendo a não movimentar o dinheiro, ou seja, foi um crime praticado com a insígnia do governo português".

O advogado diz que autoridade diplomática foi afastada após investigações administrativas conduzidas pela diplomacia portuguesa, que geraram ainda investigações do Ministério Público Português. "Esperamos que o Estado português compreenda a situação a ponto de buscar a solução menos conflituosa o possível", disse o representante legal da arquidiocese.

O subprocurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Ivory Coelho Neto, disse que é prematuro a análise da questão da imunidade. "Agora, deve-se investigar o fato. Somente após cabal investigação poder-se-á chegar à conclusão de que se trata ou não de fato típico, identificando o autor ou autores", disse ele, em comunicado divulgado pelo Ministério Público gaúcho.





Fonte: Terra

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